No DIA NACIONAL DO ESTUDANTE, o Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA, Ricardo Freitas Bonifácio, deu voz aos estudantes para que indicassem alguns dos problemas que o Campus Universitário da Penteada enfrenta. A declaração que “o chão do pátio está muito estragado” foi um dos registos ouvidos na peça de promoção da campanha, uma situação amplamente conhecida pela comunidade académica, reclamada recorrentemente pelos estudantes, que é agravada pelos problemas de iluminação do exterior do edifício e por outras situações.
O líder estudantil lembrou que, em maio de 2023, a ACADÉMICA DA MADEIRA organizou um protesto nas comemorações do Dia da Universidade da Madeira por “um financiamento digno que permita que a UMa combata o abandono escolar e tenha mais mecanismos para apoiar a saúde mental e física e combater o assédio e a violência”. Ricardo Freitas Bonifácio destaca as várias iniciativas que a estrutura estudantil que lidera tem feito dentro e fora da UMa, para reivindicar vários elementos que considera “essenciais para a vida académica”, como no final de novembro de 2023.
UMa tem feito a manutenção de espaços externos do campus, mas o Reitor refere que “é do Governo Regional” a responsabilidade
No primeiro episódio do PEÇO A PALAVRA, programa da TSF Madeira e da ACADÉMICA DA MADEIRA, debateram-se questões levantadas por estudantes com o reitor da Universidade da Madeira, entre as quais a iluminação e as condições dos exteriores do Campus da Penteada.
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Continuam os problemas na Universidade da Madeira, depois das notícias que encheram a comunicação social regional. Durante as últimas semanas, com
Em janeiro, a ET AL. voltou ao tema recorrente dos problemas do edifício: a “preocupação com as condições do edifício da UMa”, que é “partilhada por estudantes e funcionários, com vários acidentes registados”. O DIÁRIO DE NOTÍCIAS, o JM MADEIRA e a ET AL. alertavam os seus leitores para “as más condições que existem no Campus Universitário da Penteada”. O reitor da Universidade da Madeira (UMa) não prestou declarações sobre o assunto, sendo que os meios de comunicação regional foram alimentados por notas do gabinete que gere a comunicação da instituição.
Em resposta à ET AL., a UMa declarou que assumiu os custos de aquisição e de substituição das placas exteriores, danificadas há alguns anos, mas que não eram substituídas, apesar dos protestos pela segurança dos utilizadores do Campus Universitário da Penteada. Segundo o gabinete que trata da comunicação institucional da Universidade, “a substituição de placas naquele espaço tem ocorrido ao longo do tempo, por diversas atividades que lá se realizam. Neste caso em particular, procedeu-se de acordo com as disponibilidades financeiras e a necessidade de realizar a reparação”.
DIA NACIONAL DO ESTUDANTE assinala reivindicações do movimento estudantil
Os apoios sociais continuam a ser insuficientes, como refere a ACADÉMICA DA MADEIRA, ao citar que “descontado o valor pago em propinas, o estudante usufrui de 14,50€ de bolsa para a alimentação, o alojamento, o material escolar, o transporte e tudo o mais que precisar”. A data de luta e reivindicação também é marcada pela criação do Conselho de Associações Académicas Portuguesas, representando 80 mil estudantes.
Universidade da Madeira vê adiada uma obra fundamental
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A ET AL. questionou a instituição, referindo que teve conhecimento da recente substituição de placas do pátio e que, segundo apurado junto de funcionários da UMa, a proposta de aquisição de placas, para substituição no referido pátio, tinha sido enviada para reitoria, pelos serviços competentes, há alguns anos, sem resposta. O Gabinete de Comunicação e Marketing da UMa defendeu-se com a alegada falta de disponibilidade financeira.
Conforme noticiado, em janeiro deste ano, a antiga ministra declarou, no Colégio dos Jesuítas do Funchal, que a celebração do contrato-programa com a UMa “resulta, ainda, do reconhecimento de que a Universidade da Madeira carece de um apoio compensatório devido à sua situação insular e ultraperiférica”. As verbas que a UMa viu reforçadas pretendem dotar a instituição de mais faculdades financeiras para aspectos particulares, em zonas identificadas como “estratégicas diferenciadoras”, tal como o turismo e o oceano.
A ministra veio, o ministro virá e todas as obras estão por começar
São três obras previstas, desde 2022, e nenhuma iniciada. O concurso para a empreitada da futura Residência de São Roque teve excluída a única proposta apresenta. As obras para renovação da residência da rua de Santa Maria aguardam, desde 2023, pelo seu início. A Universidade, em resposta aos atrasos, destaca que “é muito importante que o próximo Executivo e a opinião pública percepcionem a extraordinária oportunidade que o PNAES – PRR representa para o Ensino Superior, atendendo à urgente necessidade de resposta à procura de alojamento”. O Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA reforça que “além da construção, são necessárias verbas regulares para a manutenção das infraestruturas”, situação que os executivos “não têm assegurado”.
Preocupação com as condições do edifício da UMa partilhada por estudantes e funcionários, com vários acidentes registados
Pela terceira vez, em poucos dias, as más condições que existem no Campus Universitário da Penteada foram notícia na comunicação social
O Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA recorda que a instituição que lidera tem “contribuído para a melhoria das condições do pátio”, destacando “a instalação de bancos no local, que permitem que mais de cem pessoas possam conviver num espaço que, em mais de duas décadas, não conheceu qualquer obra de melhoria”, além das reparações assinaladas.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Pedro Pessoa.