Associação de Ensino Superior Privado (APESP), divulgou, em maio último na sua página, que 500 mil portugueses foram formados em instituições de ensino superior (IES) privadas, nos último 25 anos. Um em cada quatro estudantes universitários frequentam o setor privado em Portugal e a APESP pretende que o país aposte na internacionalização do ensino superior.
O setor de ensino superior privado em Portugal inclui 54 instituições e registou um aumento de 12%, desde 2019. As matrículas no ensino superior privado atingiram, nu último ano letivo, cerca de 150 mil estudantes, num crescimento de 8% em relação ao ano anterior. Esta expansão é impulsionada por uma diversificação dos cursos oferecidos, com destaque para Administração de Empresas, Psicologia e Ciências da Comunicação, cursos que representam cerca de 45% das matrículas. As novas áreas, como Inteligência Artificial e Sustentabilidade, também têm atraído crescente interesse.
António Almeida Dias, eleito presidente da APESP, salienta a internacionalização como uma estratégia crucial para o futuro das instituições privadas. Com a previsão de uma redução na população jovem a partir de 2030, a internacionalização é vista como uma solução chave para garantir a ocupação das vagas e promover o crescimento sustentável do setor, atraindo estudantes estrangeiros para compensar a diminuição esperada do número de estudantes nacionais.

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Segundo dados da Fundação José Neves, a taxa de empregabilidade para graduados de instituições privadas é de 87% no primeiro ano após a conclusão dos seus cursos, ligeiramente superior à de graduados de instituições públicas (85%). Apesar de um custo médio de mensalidades de 7.500 euros por ano, cerca de 40% dos estudantes em instituições privadas beneficiam de bolsas de estudo e apoio financeiro. mostram que a percentagem de jovens entre 25 e 34 anos com ensino superior completo subiu de 27,5% em 2011 para 44,4% em 2022, superando a média europeia de 42%. No entanto, a FJN alerta para o aumento da sobrequalificação, com 22,4% dos jovens qualificados a desempenhar funções que não exigem o nível de escolaridade que possuem. Este fenómeno é mais pronunciado entre as mulheres (24,1%) do que entre os homens (19,9%), refletindo um desajustamento entre as qualificações adquiridas e as exigências do mercado de trabalho.
António Almeida Dias também destaca a necessidade de rever a avaliação das instituições e ciclos de estudos, promovendo maior rigor e respeito pela diversidade dos projetos educativos. A APESP critica as quotas e restrições que limitam o número de vagas e defende que o ensino superior deve estar aberto a um público internacional crescente, refletindo as necessidades globais.
A nova direção da APESP propõe mudanças na avaliação da atividade de investigação e desenvolvimento e no reconhecimento de graus estrangeiros. Almeida Dias argumenta que, se as instituições privadas podem conferir graus, também devem ter a capacidade de reconhecer graus obtidos no estrangeiro, promovendo maior equidade no reconhecimento das qualificações internacionais.

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O setor de ensino superior privado em Portugal está a enfrentar novos desafios e a evoluir rapidamente. A APESP está a trabalhar para ajustar as políticas e práticas educacionais, garantindo que as instituições privadas continuem a desempenhar um papel fundamental na formação de profissionais qualificados, tanto para o mercado nacional quanto internacional. A Fundação José Neves fornece uma perspectiva crucial sobre as tendências atuais e os desafios do mercado de trabalho, contribuindo para uma compreensão mais profunda do impacto da educação superior na economia e na sociedade.
Nos últimos 25 anos, cerca de meio milhão de portugueses completaram a sua formação superior em instituições privadas, conforme revelado pela Associação de Ensino Superior Privado (APESP). Este número evidencia a crescente importância do setor privado no ensino superior em Portugal, representando aproximadamente um quarto do total de alunos do ensino superior no país.
António Almeida Dias destaca a internacionalização como uma estratégia vital para o futuro das instituições privadas. Com a previsão de uma redução na população jovem a partir de 2030, a internacionalização surge como uma solução chave para garantir a ocupação das vagas nas universidades e promover o crescimento sustentável do setor. Este enfoque internacional visa atrair estudantes estrangeiros, compensando a diminuição esperada do número de alunos portugueses.

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Em paralelo, a Fundação José Neves (FJN) fornece uma análise aprofundada sobre o nível de qualificações entre os jovens em Portugal. Dados do Eurostat mostram que a percentagem de jovens entre 25 e 34 anos com ensino superior completo subiu de 27,5% em 2011 para 44,4% em 2022. Este crescimento significativo fez com que Portugal superasse a média europeia de 42%. No entanto, a FJN também alerta para o aumento da sobrequalificação, com 22,4% dos jovens qualificados a desempenhar funções que não exigem o nível de escolaridade que possuem.
A sobrequalificação é mais pronunciada entre as mulheres, que apresentaram uma taxa de 24,1% em 2022, comparada a 19,9% entre os homens. Este fenómeno reflete um desajustamento entre as qualificações adquiridas e as exigências do mercado de trabalho, afetando a qualidade do emprego e a satisfação profissional dos jovens. A Fundação José Neves destaca que, apesar da maior qualificação dos jovens, o mercado de trabalho não está a absorver adequadamente as competências adquiridas, resultando em uma perda de retorno do investimento em educação.
Almeida Dias da APESP também destaca a necessidade de rever a avaliação das instituições e dos ciclos de estudos, promovendo um maior rigor e respeito pela diversidade dos projetos educativos. A APESP critica as quotas e restrições que limitam o número de vagas e defende que o ensino superior deve estar aberto a um público internacional crescente, refletindo a diversidade e as necessidades globais.

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Além disso, a nova direção da APESP propõe mudanças na avaliação da atividade de investigação e desenvolvimento e no reconhecimento de graus estrangeiros. Almeida Dias argumenta que, se as instituições privadas podem conferir graus, também devem ter a capacidade de reconhecer graus obtidos no estrangeiro, o que promoveria uma maior equidade no reconhecimento das qualificações internacionais.
O setor de ensino superior privado em Portugal está a enfrentar novos desafios e a evoluir rapidamente. A APESP está a trabalhar para ajustar as políticas e práticas educacionais para garantir que as instituições privadas continuem a desempenhar um papel fundamental na formação de profissionais qualificados, tanto para o mercado nacional quanto internacional. A Fundação José Neves fornece uma perspectiva crucial sobre as tendências atuais e os desafios do mercado de trabalho, contribuindo para uma compreensão mais profunda do impacto da educação superior na economia e na sociedade.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Giammarco Zeh.