As alterações foram anunciadas no portal eportugal.gov.pt, em fevereiro de 2023. Porém, não tendo sido revogado pelo atual governo, é aplicável aos estudantes que apresentarão candidatura ao ensino superior no final deste ano letivo que começa.
Os estudantes que ingressaram no 10.º ano no ano letivo de 2023-2024 serão os primeiros a experimentar o novo modelo de exames. Agora, os exames nacionais passam a valer apenas 25% na classificação final das disciplinas, uma redução em relação aos 30% anteriormente estipulados. Este modelo inclui três exames, sendo o de Português obrigatório para todos os cursos do ensino secundário, enquanto os outros dois poderão ser escolhidos entre disciplinas da componente de formação específica, oferecendo maior flexibilidade aos estudantes.
O cálculo da média final do ensino secundário foi também modificado, uma vez que as disciplinas trienais, bienais e anuais têm um peso diferenciado na ponderação da nota, refletindo a sua duração e importância no currículo do estudante.
Há mais estudantes bolseiros, mas com uma bolsa média ainda mais baixa
A bolsa média, em 154 euros mensais, está distante dos 227 euros que a UMa registava em 2014. Em 2021, o número de estudantes bolseiros chegou a 75 mil. Os dados da DGES, relativos ao concurso de 2023-2024, indicam que o número ultrapassou os 80 mil estudantes beneficiários, um indicativo que, havendo mais beneficiários, poderá existir mais estudantes com dificuldades, sendo certo que a bolsa média foi reduzida ao longo dos anos.
NOVA é a primeira a usar o Microsoft Fabric nos currículos
A NOVA Information Management School (NOVA IMS) tornou-se pioneira mundial ao incorporar o Microsoft Fabric, permitindo a introdução de inteligência artificial
O acesso ao ensino superior tem novas regras nas candidaturas de 2025. A nova fórmula de cálculo para entrar nas universidades e politécnicos em Portugal estabelecerá que a média do ensino secundário valerá, no mínimo, 40% da nota final, enquanto as classificações das provas de ingresso terão um peso mínimo de 45%. Os pré-requisitos, quando existirem, poderão contribuir com até 15% da nota final.
O peso da média do secundário, contudo, não poderá ser maior do que o das provas de ingresso, garantindo que o desempenho nas provas tenha um impacto significativo na candidatura ao ensino superior. Quanto ao número de provas de ingresso necessárias, as instituições de ensino superior terão a liberdade de decidir, desde que cumpram o mínimo de dois exames.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Bruce Mars.