Amanhã, sexta-feira, 19 de maio, os estudantes da UMa poderão eleger os seus representantes para os três assentos dos estudantes no Conselho Geral da UMa. A lista A, única lista a votos no ato eleitoral, é liderada por Tomás Santos de Pontes, estudante da Faculdade de Ciências Sociais.
Estudantes contra qualquer aumento de propinas
Os representantes da ACADÉMICA DA MADEIRA declararam, na reunião do Senado Universitário, ser contra qualquer aumento de propinas, exigindo a “revisão do sistema de financiamento das Instituições de Ensino Superior”, destacando a “incumbência constitucional do Estado em assegurar um acesso, a todos os cidadãos, aos graus mais elevados do ensino”.
“A manter-se a oferta, […] é de antever dificuldades em consolidar ou fazer crescer o número atual de alunos”
Intervenção do Presidente do Conselho Geral, Francisco Fernandes, na Sessão do Dia da Universidade, realizada a 10 de maio de 2023,
Nos lugares efetivos, além do proponente, a lista é composta por Leonor Sofia Rosário Abreu, estudante do mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, da Faculdade de Ciências Sociais, e Margarida Fernandes Mendonça, estudante da licenciatura em Bioquímica, da Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia.
Como suplentes, apresentam-se no ato eleitoral Bernardo Filipe Andrade Zacarias, estudante da licenciatura em Direção e Gestão Hoteleira da Escola Superior de Tecnologias e Gestão; Júlia Emília Sousa Dória, estudante do Ciclo Básico de Medicina da Faculdade de Ciências da Vida; Bogdan Cosmin Burada, estudante da licenciatura em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações da Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia; José Rúben Silva Freitas, estudante de Engenharia Informática na Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia; Gonçalo Nuno Gouveia Martins, estudante de doutoramento em Química na Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia e Nuno Oliveira Fernandes, estudante da licenciatura em Engenharia Informática.
Como referido no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), o Conselho Geral tem várias competências como discutir e votar os planos estratégicos de médio prazo e o plano de ação para o quadriénio do mandato do reitor; discutir e votar as linhas gerais de orientação da instituição; criar, transformar ou extinguir unidades orgânicas das universidades; discutir e votar os planos anuais de atividades e apreciar o relatório anual das atividades e a proposta de orçamento da universidade. É no Conselho Geral que são fixadas as propinas dos estudantes.
A votação acontece sexta-feira, 19 de maio, através do InfoAlunos.
O não cumprimento do artigo 185.º do RJIES, que determinava avaliação dessa legislação cinco anos após a sua entrada em vigor, tem sido uma peça introdutória das apreciações críticas ao diploma.
No final de 2022, o Sindicato Nacional do Ensino Superior apresentou o estudo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (2007-2022) – Contributos para uma revisão fundamentada.
Da análise, é referida “a redução do peso proporcional de estudantes nos órgãos” que “em nenhum momento significou um reforço, antes pelo contrário, da participação eleitoral do corpo estudantil”.
Do alojamento às salas de aulas sem condições. Entre o complexo e o simples, as falhas do governo e das Universidades
Se há esperança que o novo governo possa executar obras por realizar, também existe a exigência que as Universidades e os Institutos Politécnicos possam aplicar verbas para melhoria de aspectos básicos do quotidiano dos estudantes. Depois de 2022, os estudantes voltaram às ruas.
Começam as eleições que determinarão o novo reitor
Em novembro, são eleitos metade do Conselho Geral, um dos órgãos de gestão da Universidade da Madeira, que elegerá o novo
Em março de 2022, o movimento associativo reunido no Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA) determinou uma moção para “a urgente revisão do RJIES”, apresentada pela Federação Académica do Porto, pela Associação Académica da Universidade da Beira Interior e pela Federação Académica de Lisboa. As estruturas associativas alegavam que o diploma “se encontrava distante da realidade” do ensino superior português e pretendiam analisar “o papel do Conselho Geral”. A moção acabou aprovada com 47 votos a favor, três votos contra, 22 abstenções e dois direito de não voto.
Luís Eduardo Nicolau
ET AL.
Com fotografia de Glen Carrie.