Associações Académicas Universitárias criaram o Conselho de Associações Académicas Portuguesas

Associações Académicas Universitárias criaram o Conselho de Associações Académicas Portuguesas

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As Associações Académicas das Universidades dos Açores, de Aveiro, do Algarve, da Beira Interior, de Évora, da Madeira, do Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro lançaram, a 24 de Março, no Dia Nacional do Estudante, uma nova estrutura nacional designada de "Conselho de Associações Académicas Portuguesas".

Vivem-se tempos particularmente conturbados. O conhecimento e a formação dos líderes do amanhã devem ser uma prioridade para o país. Se já anteriormente o esforço no apoio à futura geração de profissionais qualificados era escasso, agora os problemas parecem cada vez mais prementes. O Ensino Superior não é para todos, a organização e funcionamento das Instituições do Ensino Superior não está otimizada, o financiamento mantém-se como um problema crónico e cada vez mais se colocam questões mais e mais sérias, como a inércia ao problema da saúde mental dos estudantes ou a falta de modelos de avaliação e métodos pedagógicos que acompanhem as tecnologias emergentes.

Conselho de Associações Académicas Portuguesas representará 80 mil estudantes

Portugal reuniu nove estruturas associativas num conselho nacional que pretende assegurar a cooperação das Associações Académicas. O país não possui uma estrutura nacional que reúna o movimento estudantil nacional, que está disperso em federações, associações e, agora, no novo Conselho. Das 13 universidades públicas portuguesas, oito estão nele representadas.

Atravessa-se, neste contexto já precário, um contexto socioecónomico pouco favorável, uma inflação preocupante e uma descrença na adaptação e procura de mecanismos que façam frente a estes desafios. E se todos estes problemas se multiplicam um pouco por toda a parte, a discrepância de tratamento dada aos grandes centros urbanos dos demais não nos é indiferente, deixando-nos seriamente preocupados pelo futuro do nosso país, em especial do Ensino Superior. É urgente e indispensável uma posição e mudança.
Deste modo, as Associações Académicas das Universidades de Aveiro, do Algarve, da Beira Interior, de Évora, do Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro, tendo em consideração o contexto que atravessam, entendem ser necessária uma reflexão profunda e urgente sobre o futuro do Ensino Superior em Portugal, com balanço nas respostas de emergência que as suas Instituições de Ensino Superior propuseram mas, a cima de tudo, promover a discussão numa ótica de oportunidade de mudança e evolução para o futuro.

No passado dia 24 de março, no Dia Nacional do Estudante, formalizaram o Movimento “Académicas.” na cerimónia de fundação do “Conselho de Associações Académicas Portuguesas”, na Casa do Estudante da Universidade de Aveiro.

Assumem ser parte da solução e nunca do problema, acreditando que a História e a postura de seriedade e responsabilidade que sempre pautou o trabalho realizado pelas estruturas representativas das academias portuguesas é mais do que suficiente para ser escutado pela tutela e empreender novas respostas aos desafios que surjam.

O Conselho de Associações Académicas Portuguesas irá promover a discussão sobre o futuro do Ensino Superior português e as suas necessárias reformas com uma agenda constituída por ciclos de conferências, que procurará ao longo do ano promover momentos de auscultação, reflexão e discussão sobre o ensino, a participação estudantil, a ação social, o financiamento das Universidades e toda a sua vida, desde a cultura, ao desporto e ao bem estar físico e mental, terminando com um momento de reflexão global.

Conselho de Associações Académicas Portuguesas
Com fotografia de Alexander Andrews.

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