Dada a conhecer a 14 de junho, pelo próprio ministro da Educação, Fernando Alexandre, a situação das escolas públicas está má e ameaça piorar. Neste ano letivo, nos Ensinos Básico e Secundário, mais de 324 mil estudantes iniciaram o calendário escolar sem aulas a pelo menos uma disciplina; mais de 22 mil estudantes continuaram sem aulas a pelo menos uma disciplina até 31 de maio último; 939 estudantes de 47 turmas terminaram o ano sem qualquer aula a pelo menos uma disciplina.
Os grupos de recrutamento de professores mais problemáticos identificados pelo Ministro são Informática, Português, Geografia e Matemática, sendo as regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve as mais afetadas pela falta de docentes.
Fernando Alexandre apresentou o plano aprovado em Conselho de Ministros e que, entre outras frentes, ataca o problema na formação de professores, criando incentivos à formação de mais professores.
Escalas como instrumentos de medida
Os principais métodos de recolha de dados são as observações, as entrevistas, os questionários, as escalas, a técnica de Delphi, as videogravações, as check-lists, as descrições, etc. Instrumentos de medida
“Pelo fim da precariedade na ciência” há uma concentração e um apelo da ABIC
A Associação dos Bolseiros de Investigação Científica realiza hoje, no Porto, uma concentração de investigadores pelo fim da precariedade na ciência.
Através de um programa de bolsas de estudo, entretanto aprovado, irá pagar as propinas a dois mil jovens que ingressem em licenciaturas e mestrados em Ciências da Educação ou Ensino, como o objetivo é atrair mais jovens para a carreira docente e acelerar a formação de novos professores.
Os bolseiros de doutoramento poderão acumular até dez horas letivas, contribuindo para o ensino enquanto completam os seus estudos. De igual forma, mestres, doutorados e investigadores têm oportunidade de lecionar e contribuir para o desenvolvimento do conhecimento nas escolas.
A 17 de junho, uma nota da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) critica veemente a proposta de alterar o Estatuto do Bolseiro de Investigação (EBI), permitindo aos bolseiros de investigação lecionar até 10 horas semanais no ensino obrigatório.
Dívida da FCT a instituições de ensino superior e investigação está próximo dos 99 milhões de euros
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação revelou que a dívida da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) a instituições de ensino superior e investigação científica totaliza 98,7 milhões de euros, destacando um cenário preocupante de atrasos significativos nos pagamentos.
CLEPULando. Como se Clepula?
O CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), criado pelo professor
A ABIC considera a medida oportunista por se aproveitar a situação precária dos investigadores bolseiros, pois não resolve qualquer problema (como férias pagas, apoio no desemprego ou acesso alargado à Segurança Social), nem mune de um reforço salarial estes profissionais face às novas funções letivas nas escolas básicas e secundárias, a par da investigação, agravando a sua situação.
A Associação acusa o Governo de assumir “desta forma, não dar resposta aos problemas da Escola Pública e dos professores”. O Governo “ignora as suas justas reivindicações, como a necessidade de valorização profissional, melhorias nas condições de trabalho e reposição integral do tempo de serviço. Por outro lado, decide agravar os problemas dos bolseiros de investigação, sujeitando-os a uma dupla precariedade”.
Outra medida, que pode o passar pela alteração do papel das instituições de ensino superior na equiparação das habilitações literárias de profissionais, é o reconhecimento de habilitações para a docência de emigrantes. O Ministro apresentou, como perspectiva do Governo, a facilitação do processo da validação da formação de professores emigrantes e a sua integração no sistema de ensino, que acrescerá em cerca de 200, os novos docentes.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de ThisisEngineering.