Os residentes na Madeira passam a beneficiar de uma nova tarifa fixa para viagens de avião ao continente, anunciou o Governo Regional, numa medida que visa simplificar o acesso dos madeirenses ao território continental. Esta alteração surge em resposta às queixas sobre a burocracia do anterior modelo de subsídio de mobilidade, que exigia que os passageiros pagassem o valor total do bilhete e solicitassem reembolso posteriormente.
Os estudantes, que anteriormente tinham também de submeter pedidos de reembolso, serão igualmente abrangidos pela nova tarifa fixa. No entanto, todos os residentes da Madeira terão uma redução geral de 10% nas viagens.
A medida, apresentada durante uma visita aos Açores por Luís Montenegro, enquanto líder do PSD, foi destacada como um passo para melhorar a mobilidade dos insulares e promover a coesão territorial. Montenegro defendeu que esta nova política responde a uma necessidade antiga das regiões autónomas e que será fundamental para garantir condições de igualdade entre os residentes insulares e os do território continental. “É essencial assegurar que os cidadãos das ilhas têm acesso facilitado ao continente,” referiu Montenegro, apontando que a acessibilidade deve ser acompanhada por políticas de investimento nas infraestruturas e nos serviços de transporte para suportar a população da Madeira e dos Açores.
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“Para terem uma ideia, onde hoje um residente paga 134 euros para ir para o continente vai passar a pagar 119 euros, onde um estudante paga 99 euros vai passar a pagar 89 euros e, entre as regiões autónomas, onde se paga 119 vai pagar-se 79 euros”, calculou o líder do PDS.
No verão, o Governo anunciou a extensão dos subsídios aos bilhetes de avião para residentes dos Açores e Madeira até março de 2025, assegurando a continuidade das medidas de apoio às viagens entre as ilhas e o continente. Esta prorrogação do subsídio veio tranquilizar os residentes quanto ao controlo dos custos de deslocação, especialmente para aqueles que viajam com frequência por motivos de saúde, trabalho ou estudo.
Com esta extensão, o Governo reafirma o seu compromisso em mitigar o impacto dos custos da insularidade, facilitando o acesso ao continente para as populações insulares. Este prolongamento complementa a nova tarifa fixa de 77 euros para a Madeira, oferecendo maior previsibilidade no valor das viagens e promovendo a integração entre as ilhas e o continente enquanto se estudam soluções de apoio a longo prazo para a mobilidade insular.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Isaac Struna.
