A 18 de maio, uma notícia do Público referia que o Ministério de Educação, Ciência e Inovação indicou haver “100 milhões a menos do que o devido do principal financiador de ciência em Portugal”. “Sem reforço de verbas, bolsas e contratos ficarão em risco”, indica o jornal que aponta que, por outro lado, ser “comum a FCT ter reforços orçamentais a meio do ano”, destacando que em 2022 chegou a receber “três aumentos no último trimestre”.
Para a ABIC é “inaceitável que a ciência e a investigação sejam relegadas a uma posição de precariedade e insegurança financeira, como se verifica”. A associação representa um dos setores mais frágeis do mercado de trabalho em Portugal, o dos investigadores bolseiros, chamando a atenção para o facto de que a uma crise financeira na FCT “compromete a continuidade de diversos projectos de investigação e o pagamento de bolsas e salários aos investigadores, afetando “milhares de investigadores que dependem destes rendimentos para prosseguir com os seus projectos de investigação”.
Propinas mantêm-se congeladas em 2025
A decisão, que põe fim a semanas de especulação, tranquiliza os estudantes, que temiam o descongelamento das propinas. A ACADÉMICA DA MADEIRA já tinha apresentado a sua oposição a qualquer aumento.
Abertas as inscrições para o 11.º Fórum de Gestão de Dados de Investigação
Nos dias 21 e 22 de novembro deste ano, o Instituto Politécnico de Viseu acolhe o 11.º Fórum de Gestão de
A ABIC indica que o subfinanciamento “é resultado de escolhas políticas partilhadas por sucessivos governos ao longo dos anos, que têm consistentemente negligenciado a ciência e os seus profissionais” e que há “falta de soluções que este governo tem para apresentar (e eventualmente justificar medidas futuras no sentido contrário ao investimento necessário), através da crítica à governação anterior”.
A mesma associação refere que ao longo dos “últimos anos, continuou-se a verificar o estrangulamento financeiro das instituições de Ensino Superior […], acompanhado por um desinvestimento público significativo. Paralelamente, observa-se um reforço da gestão empresarial das universidades, a ampliação do recurso a mecanismos fundacionais e a instituições de direito privado e o crescente recurso ao outsourcing”.
Novas medidas de apoio ao Ensino Superior
Mensalmente, a ACADÉMICA DA MADEIRA tem um espaço de opinião no JM Madeira. Ricardo Freitas Bonifácio, Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA, escreveu sobre as recentes medidas do governo.
Aumento de estudantes dos PALOP em Portugal exige medidas de apoio à integração
Um relatório do ISCTE, de março último, sugere a criação de um semestre preparatório para estudantes dos PALOP que queiram estudar
A 6 de maio, nas comemorações do Dia da Universidade da Madeira, o ministro Fernando Alexandre, no seu discurso na sessão solene decorrida no Colégio dos Jesuítas do Funchal, incentivou as universidades portuguesas a “diversificar as suas fontes de financiamento, nomeadamente através do desenvolvimento de parcerias com outras entidades públicas e privadas”.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia do National Cancer Institute.