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Terá fim o monopólio do Conselho Geral?

Terá fim o monopólio do Conselho Geral?

Estudantes defendem mais inclusão na tomada de decisões e revisão do RJIES para garantir maior democracia, autonomia e direitos iguais no ensino superior.
Francisco J. V. Fernandes, Presidente do Conselho Geral; Sílvio Fernandes, Reitor e Ricardo Freitas Bonifácio, Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA. Na segunda fila, José Prada, Vice-Presidente da Assembleia Legislativa Regional; Ireneu Barreto, Representante da República para a RAM e Miguel Albuquerque, Presidente do Governo Regional durante o cortejo académico do Dia da Universidade (maio de 2023).

A Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República recebeu, em novembro, a pronúncia da ACADÉMICA DA MADEIRA sobre o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES). Esta semana, houve uma audição conjunta de entidades e individualidades com o Grupo de Trabalho de avaliação da Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro, que estabeleceu RJIES.

Francisco Fernandes, presidente da Federação Académica do Porto (FAP), durante a audição parlamentar na Comissão de Educação e Ciência sobre a revisão do RJIES, em vigor desde 2007, referiu que “temos de incluir mais os estudantes nas tomadas de decisão”. Representando mais de 80 mil alunos, Fernandes defendeu que o novo diploma deve garantir “mais autonomia e democracia às instituições, mas também mais direitos e deveres aos estudantes”, publicou o portal Notícias ao Minuto.

O presidente da FAP criticou a “excessiva concentração de poder nos órgãos executivos” e propôs que a eleição dos reitores e presidentes das instituições seja feita por “toda a comunidade académica”. Defendeu a criação de uma Assembleia Geral específica para este fim, composta por docentes, não docentes, estudantes e membros externos, que assegurariam “o pluralismo democrático necessário à vida das instituições”.

Também Mariana Barbosa, da Federação Académica de Lisboa (FAL), sugeriu melhorias no papel do Provedor do Estudante, lamentando que muitos “não conhecem o seu provedor, nem sabem para que serve ou onde o podem encontrar”. Já Joel Rodrigues, representante dos estudantes do ensino politécnico, sublinhou a importância de manter o sistema binário do ensino superior, argumentando que ele responde às “necessidades regionais e económicas” do país.

A audição, que aconteceu a 18 de dezembro, coincidiu com as declarações de Fernando Alexandre, o titular da pasta do Ensino Superior, que apresentou a proposta de revisão do RJIES ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP). As associações académicas e de estudantes receberam a proposta de alteração do RJIES na sequência da partilha com o CRUP. Este é uma matéria em desenvolvimento na ET AL.

Luís Eduardo Nicolau
Com Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Stock.

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