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O que faz um bom estudante?

O que faz um bom estudante?

Oito estudantes da Universidade da Madeira foram distinguidos com bolsas de mérito pelo seu desempenho académico. A ET AL. falou com alguns deles para tentar saber: o que faz um bom estudante?
Fábio Alves (Eng. Informática), Sara Andrade (CCO), Rubina Nascimento (Enfermagem) e Luisana Gonçalves (Direção e Gestão Hoteleira), alguns dos estudantes distinguidos com a Bolsa de Mérito em dezembro de 2024.

As bolsas de mérito da Universidade da Madeira pretendem distinguir os melhores alunos de cada ano letivo. Em setembro de 2024, a Unidade de Assuntos Académicos anunciou que oito estudantes da academia madeirense foram distinguidos pelo seu desempenho referente ao ano letivo de 2022-2023.

Nesta lista surgem alunos das licenciaturas em Enfermagem, Engenharia Informática, Direção e Gestão Hoteleira, Línguas e Relações Empresariais, Gestão e Estudos de Cultura. Rubina Nascimento, que frequenta o curso de Enfermagem, teve a nota mais alta: 19 valores.

Apesar da diversidade nas áreas de estudo, as trajetórias de alguns destes estudantes partilham pontos em comum, como a procura de métodos de estudo eficazes e a capacidade de adaptação.

Laboratório de Enfermagem

É mais uma das utilidades dadas pela UMa às suas salas, sendo esta desconhecida de muitos, mas muito apreciada por quem a usufrui, como são exemplo os alunos da licenciatura em Enfermagem, sob a responsabilidade da Escola Superior de Enfermagem (ESEM).

Luisana Gonçalves, aluna da licenciatura em Direção e Gestão Hoteleira, defende que a excelência surge do empenho, da assiduidade e da capacidade para compreender a matéria das diferentes disciplinas. Em cursos com uma componente de contacto humano maior, como nos cuidados de saúde, Rubina Nascimento acrescenta que a empatia e o pensamento crítico são ferramentas tão importantes como o domínio das componentes teóricas. Um olhar que vai além dos resultados académicos.

Por sua vez, Fábio Alves, aluno da licenciatura de Engenharia Informática, aborda a questão com pragmatismo. Para estar no topo é necessário encarar o curso como um trabalho diário e dedicar “entre oito e nove horas por dia entre aulas e estudo”.

Uma visão apoiada por Catarina Nunes, que frequentou a licenciatura em Direção e Gestão Hoteleira: “Acho que a partir do momento que adquirimos o estatuto de aluno devemos levar esse cargo com alguma seriedade e dar o nosso melhor. Dedicarmo-nos na construção do nosso futuro profissional e retirar todo o conhecimento possível para evoluirmos como pessoas de valor com objetivos”, sublinha.

Falta de materiais nos hospitais

Um assunto que tem vindo a preocupar cada vez mais e a gerar polémica, não só entre os profissionais de saúde mas também em relação às pessoas que necessitam de

Para além da dedicação, a resiliência e a capacidade para enfrentar desafios surgem como aspetos fundamentais na procura da excelência académica. Conciliar os estudos com outras responsabilidades, como o trabalho, os estágios, as atividades desportivas, ou a adaptação às novas tecnologias são alguns dos exemplos dados pelos vários dos entrevistados. No entanto, há também quem aponte para outros fatores como o isolamento e a exigência dos cursos.

“Estudar sozinha em casa, propicia-me tranquilidade e foco, mas em alguns momentos, sinto a falta de uma rede de apoio para dividir dúvidas e manter a motivação”, revela Catarina Nunes.

Em relação aos métodos de estudo, há uma diversidade justificada pelos cursos que frequentam. Se Rubina Nascimento prefere a leitura em voz alta com a explicação da matéria a colegas, já Fábio Alves adota uma abordagem mais prática, com foco na resolução de exercícios, por exemplo.

A maior parte dos alunos entrevistados desconhecia a existência da bolsa de mérito da Universidade da Madeira e ficou surpreendida com a distinção. Para um dos estudantes, a notícia chegou mesmo através do contacto da ET AL. No entanto, olham para a distinção como uma maneira de recompensar o esforço, apesar dessa não ser a sua maior motivação.

Com um valor que equivale a cinco vezes o salário mínimo nacional – cerca de quatro mil euros – a bolsa de mérito é também vista como uma ajuda financeira. Para Sara Andrade, aluna de Estudos de Cultura, a bolsa de mérito é uma forma de ver o seu esforço e persistência recompensados, após longas horas a estudar. “É uma excelente oportunidade para valorizar o empenho dos alunos”, acrescenta.

A bolsa de mérito da Universidade da Madeira já distinguiu mais de uma centena de alunos dos mais variados cursos. Ao reconhecer o desempenho académico, esta distinção sublinha a importância do esforço e da dedicação no percurso universitário, valorizando os melhores alunos e promovendo a excelência no ensino superior.

Rúben Castro
ET AL.
Com fotografia de Pedro Pessoa.

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