Num comunicado publicado na página do Sindicato dos Professores da Região Centro, a direção da ESEnfC) informou que o documento, que reuniu 1.396 assinaturas, foi entregue ao Ministro pela necessidade urgente de permitir que os docentes das instituições de ensino superior possam progredir na carreira assim que acumulem os pontos necessários.
A entrega do abaixo-assinado foi acompanhada por membros da FENPROF, destacando o apoio generalizado de docentes de várias instituições de ensino superior em Portugal, incluindo das regiões autónomas.
Os docentes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) têm estado em greve às avaliações desde junho, após anos de tentativas infrutíferas de negociação com as direções da escola e o ministério. Muitos docentes da ESEnfC não progridem na carreira há décadas, apesar de acumularem os pontos necessários para tal.
Enfermeiros portugueses, que futuro?
Num dilema. É neste estado que vivem os enfermeiros portugueses. Licenciados há muito ou acabados de sair das universidades, são bastantes os que convivem diariamente com a triste realidade portuguesa:
XIII Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental
A Universidade da Madeira (UMa) recebe, entre os dias 26 e 28 de outubro, o XIII Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa
Em resposta à greve, o ministro da Educação reuniu-se com os docentes e comprometeu-se a encontrar uma solução que permita as progressões na carreira independentemente da publicação do despacho conjunto que tem sido adiado pelos governos.
A FENPROF lançou um abaixo-assinado exigindo a resolução do problema por parte do ministro da Educação, Ciência e Inovação e manifestando apoio à luta dos docentes da ESEnfC. Durante a entrega do documento, o ministro reiterou o seu compromisso em resolver a questão no início do próximo ano letivo, analisando as propostas das instituições de ensino superior para avançar com uma solução.
Os docentes da ESEnfC esperam uma resolução do problema, mas estão determinados a continuar a luta se não houver uma resposta satisfatória. Este problema afeta também outras escolas e universidades, onde os docentes enfrentam bloqueios semelhantes nas suas carreiras. Se não houver uma solução justa, a continuação e alargamento da luta serão inevitáveis.
Espera-se que o MECI avance com uma solução justa e definitiva para o descongelamento das carreiras dos docentes do ensino superior.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Hush Naidoo Jade Photography.