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No 35.º aniversário da UMa, o reitor defende que “precisamos de continuar a modernizar todos os setores da Universidade”

O Reitor da Universidade da Madeira, Sílvio Moreira Fernandes, deu as boas-vindas na Sessão de Abertura do Ano Académico 2023-2024, no passado dia 25 de outubro, na Sala dos Atos da UMa, a Sala Pe. Leão Henriques, no antigo Colégio dos Jesuítas do Funchal.
Sílvio Fernandes, Reitor da Universidade da Madeira, na Sessão Solene de Abertura das Aulas do Ano Académico 2023-2024, realizada a 25 de outubro de 2023, no Colégio dos Jesuítas do Funchal.

Cumprimento e dou as boas-vindas a todos os presentes e aos que assistem a esta cerimónia por via eletrónica.

Cumprimento, igualmente, os intervenientes anteriores, que contribuíram para contextualizar esta cerimónia, não só pela capacidade crítica, como também pelo diagnóstico e apresentação de soluções para o futuro da Universidade da Madeira. A disponibilidade tanto do poder político, como das estruturas da Universidade para, em conjunto, pensar a nossa Universidade, tem uma importância decisiva para acrescentar valor à execução do seu plano estratégico.

Os livros são como as casas

Fay Weldon, em 1984, publicou Letters to Alice: on First Reading Jane Austen, um volume pequenino, constituído pela correspondência com a sua sobrinha punk de cabelos verdes, que tinha demonstrado uma especial rebeldia em relação à leitura de Jane Austen. Fay Weldon é ela própria devedora do “wit” de Austen

A presença do Senhor Presidente do Governo Regional, Dr. Miguel Albuquerque, a quem renovo os votos de um excelente mandato e de continuação da aposta no ensino superior e, nesse âmbito, na Universidade da Madeira, nomeadamente nos tópicos que têm sido tratados entre as nossas duas entidades, de que são exemplos os Projetos de Medicina, do Turismo, do Mar, da Transição e Transformação Digital, e da Formação para a Docência, bem como de outros que, nas diferentes áreas em que a Universidade da Madeira se organiza, podem, na realidade, contribuir para um desenvolvimento orgânico da nossa sociedade, tanto nas vertentes socioeconómica e cultural, como na do desenvolvimento científico e tecnológico.

De igual modo, a presença do Senhor Presidente da Associação de Municípios, Dr. Pedro Calado, vem reforçar uma das vias de colaboração com a Universidade, não só no sentido de manter e renovar as parcerias com as autarquias, mas também para encontrar novos meios e áreas de colaboração. Esta colaboração tem sido evidente na atribuição de apoios aos estudantes, sob a forma de bolsas, e de participação em projetos culturais e científicos, como o da Estação de Biologia Marinha – Cais do Carvão, no Funchal, ou o do funcionamento de um Curso Técnico Superior Profissional, na Ribeira Brava (o CTeSP em Informática), experiência que devemos estender a outros Concelhos e a outras áreas, nomeadamente à Ilha do Porto Santo. Especificamente no âmbito da cidade do Funchal, permitam-me que, por se tratar da Câmara onde está sediada a Universidade da Madeira, aceite, Senhor Presidente, o repto que já anteriormente aqui lancei de levarmos a cabo, entre outros, o projeto de transformação da nossa cidade numa cidade universitária com tudo o que isso representa.

Cumprimento, ainda, as restantes autoridades políticas que, por via do resultado das eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, tanto no Parlamento, quanto nos diversos cargos na estrutura do Governo Regional tomaram posse e se comprometeram a servir a causa pública.

Amália Rodrigues e a paisagens do Porto Santo

Numa ilha deserta no meio do Atlântico alguns náufragos sobrevivem caçando tartarugas gigantes que ali vivem Entre eles estão um marinheiro e a sua mulher relação ambígua que enfrenta obstáculos com a chegada do salvamento

Cumprimento, por fim, os homenageados no âmbito da Distinção UMa-Reconhecimento e, igualmente, o Conselho de Cultura da Universidade da Madeira, que é responsável pelas propostas de atribuição da distinção. Constitui para nós uma honra podermos assinalar o contributo das personalidades e entidades agraciadas para a causa maior da Cultura na Madeira.

A presente Cerimónia de Abertura Solene do ano letivo de 2023-2024, coincide, como assinalei em missiva dirigida à Academia, no passado dia 13 de setembro, com a celebração oficial do trigésimo quinto aniversário da criação da Universidade da Madeira. Ambos os acontecimentos devem suscitar a necessária reflexão sobre a história, relativamente recente da Universidade, a respeito da qual dissertei no dia 10 de maio.

Não deverá, por isso, ser deixada de parte uma palavra acerca dos anos que vivemos até à presente comemoração. Foi uma caminhada complexa, mas decisiva, para o processo de implementação e consolidação da única instituição pública de ensino superior na Região. As diferentes fases de instalação e funcionamento regular da Universidade da Madeira, com as consequentes políticas de formação e investigação, bem como de integração de outras escolas e institutos (Escola Superior de Educação, Instituto Superior de Arte e Design, e Escola Superior de Enfermagem), veio introduzir neste processo uma dinâmica que nos fez saber adaptar aos desafios colocados. A esses desafios juntaram-se a adaptação ao “Projeto Bolonha”, com a profunda reestruturação dos cursos e da forma de entender os processos de ensino/aprendizagem, bem como a implementação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), que, a partir de 2009, implicou uma importante mudança na estrutura e funcionamento da Instituição, com a aglomeração de departamentos em Faculdades e Escolas, e ainda a constituição de um Conselho Geral, órgão de governo, que passou a integrar personalidades externas à Instituição e, entre outras competências, a eleger o Reitor. Simultaneamente, as Universidades e Institutos Politécnicos passaram a ser, e a ter, os seus cursos avaliados e acreditados pela agência criada para o efeito, a A3ES (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior).

Por fim, e para não me furtar ao sentido de gratidão que é devido a quem teve a responsabilidade de integrar no processo autonómico a criação de uma Universidade na Madeira, quero dirigir uma justa palavra de homenagem ao Doutor Alberto João Jardim, então Presidente do Governo Regional e atual Professor Honoris Causa. Mereceu esta distinção titular pelo que realizou. Merece-o por ser um dos nossos e, nessa condição, um de todos.

“quero dirigir uma justa palavra de homenagem ao Doutor Alberto João Jardim, então Presidente do Governo Regional e atual Professor Honoris Causa”

Queria ser breve quanto a estes tópicos de natureza eminentemente estrutural para a história da nossa Universidade, de modo a não tornar esta intervenção um manual de história da Universidade da Madeira, que um dia, estou certo, há de ser elaborado, com competência e respeito pela verdade dos factos e interpretação de políticas.

A todos quantos contribuíram para esta história, os três corpos da Academia, docentes/investigadores, pessoal técnico administrativo e de gestão, e estudantes, bem como os nossos parceiros, agradeço, em nome da Universidade, terem dedicado o seu esforço e empenho. Queria, igualmente, dirigir uma palavra de homenagem a todos os que já não estão entre nós, e que deixaram a memória de terem sido companheiros ativos e comprometidos com o processo académico.

Ao longo dos anos, formámos cerca de 15 000 estudantes, em todos os tipos de cursos, conferentes ou não conferentes de grau. Encontraram na Universidade da Madeira a Instituição que os acolheu para adquirem saber, competências, valores e sentido de cultura e sociedade. Demos-lhes as ferramentas. Seguiram para as suas vidas. Fizeram o que lhes aprouve ou o que as condições e até a sorte os destinou. Julgo poder afirmar que levaram e continuam a levar o nome e a experiência da nossa Universidade no coração. Temos recebido inúmeras demonstrações desse legado e é ele um dos motivos que nos deve guiar para continuarmos a entender a função da Universidade como uma missão, um serviço à causa pública da formação, da educação, da cultura, da ciência, da inovação e da tecnologia. Estas são, certamente, as bases, a reserva e os instrumentos com que se constrói parte importante do edifício humano que providencia o futuro da nossa sociedade. É com recursos humanos bem preparados, altamente especializados, robustamente conscientes da sua função social e laboral, que a sociedade cresce e tem condições para enfrentar os desafios que, a cada passo lhe são colocados.

Todos sabemos, como é bastas vezes referido, que estamos a viver uma encruzilhada de acontecimentos que nos deixam expectantes, como é o novo furor bélico ou a vertiginosa evolução dos meios tecnológicos de gerar, desenvolver e processar informação. O quase lugar-comum da inteligência artificial, que, recentemente, nos surpreendeu com a sua democratização à escala global, veio redefinir tudo. Se, até há pouco tempo, podíamos, por analogia, comparar a nossa revolução cibernética ao impacto de invenções passadas, atualmente até essa analogia parece-nos imprópria para traduzir o que está a ocorrer e, a fortiori, o que irá suceder nos tempos mais próximos.

“Ao longo dos anos, formámos cerca de 15 000 estudantes, em todos os tipos de cursos”

Esta reflexão intenta focar-se na mudança de paradigma que se avizinha e, consequentemente, na necessidade de estarmos preparados para assumir e gerir realidades diferentes das que nos formaram. Por isso, a Universidade da Madeira deve, em permanência, acompanhar este devir científico, social e tecnológico, que marcará a cultura de amanhã. E, para que nela nos possamos integrar sem sobressaltos, precisamos de continuar a modernizar todos os setores da Universidade.

Passando ao tema académico da presente cerimónia de abertura do ano escolar de 2023-2024, dou as boas-vindas a todos os estudantes que decidiram pela primeira vez inscrever-se na Universidade da Madeira, desejando-lhes as maiores felicidades, e sucessos académicos e pessoais. Estes votos são também extensivos a todos os outros estudantes e às suas famílias e, na nossa estrutura interna, aos nossos docentes/investigadores e pessoal técnico administrativo e de gestão.

Tivemos um ano excelente de novas admissões nas licenciaturas e nos cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP), num total de 1168: 888 no 1.º ciclo e 280 em CTeSP. No CNA – Concurso Nacional de Acesso, fomos a Universidade que mais cresceu proporcionalmente na colocação na primeira fase (10%).

Quanto ao 2.º ciclo (mestrado), tivemos 242 estudantes inscritos e 10 reingressos (264, em 2022-23), e nas pós-graduações, 54 inscritos (24, em 2022-3).

No 3.º ciclo, as candidaturas continuam abertas com 18 novas inscrições, até ao momento, e 3 reingressos, num total de 74 estudantes de doutoramento. Ainda no que diz respeito às admissões, é de assinalar que, não contanto os estudantes que reingressaram no sistema, temos 1482 novas inscrições (1392 em 2022-2023). Existem ainda algumas admissões de estudantes internacionais que se encontram pendentes.

Centro de Química da Madeira recebeu mais uma investigadora da Argentina

A ET AL. entrevistou Angela Carboni, que veio de Buenos Aires para o Funchal, para se dedicar à investigação científica no Centro de Química da Madeira. Além dos estudantes estrangeiros para os seus cursos, a UMa recebe todos os anos investigadores de várias nacionalidades ao abrigo de diferentes programas de

Atingimos, em todos os cursos, conferentes ou não conferentes de grau, o objetivo definido para este ano: 4 000 estudantes.

Estes nossos estudantes merecem sentir na nossa Universidade o conforto para poderem ter uma vida académica e pessoal salutar, saudável e com sucesso. Eles são a razão de ser da nossa Universidade. Estão no centro das nossas preocupações e da nossa missão. Qualquer assunto ou evento negativo que os afete deve suscitar o nosso interesse em encontrar uma solução. Nesse sentido, a UMa tem há muito a funcionar o Serviço de Psicologia que tem prestado um apoio inestimável a centenas de estudantes. Além disso, o projeto de Promoção de Sucesso e Redução de Abandono no Ensino Superior, que a UMa ganhou, é um instrumento deveras útil para reforçar os objetivos a atingir. Só no ano passado, o Serviço de Psicologia foi responsável por cerca de duas mil e duzentas consultas, e, no presente ano, até outubro, já cerca de mil e duzentas consultas, e, no presente ano, até outubro, já cerca de mil e novecentas. Às minhas colegas deste serviço, quero deixar, em nome da Academia, os meus mais profundos agradecimentos.

O número de alunos que atingimos neste ano constitui um marco importante para alcançar a dimensão que deveria ter sido a de início da Instituição. Não podemos deixar de ser ambiciosos quanto a este assunto. A ambição está inscrita na missão da Universidade. Não é um capricho do Reitor, é um imperativo da Região e do seu direito a ter uma Universidade devidamente dimensionada ao seu modelo de desenvolvimento. Sei que atingir rapidamente estes números, com a variedade de cursos em funcionamento (72 entre licenciaturas, mestrados, doutoramentos, CTeSP – cursos técnicos superiores profissionais; e pós-graduações), provoca dores de crescimento, que estão diagnosticadas e, para as quais, sabemos quais as terapias adequadas.

Sabemos que precisamos de mais salas de aulas e com melhores condições. O novo edifício do Ensino Politécnico suprirá esta carência, libertando espaço no edifício central da Penteada. Sabemos que precisamos de modernizar o restante espaço e de adequar todo o complexo ao nosso modelo de Universidade moderna, dinâmica e internacional.

“considero a majoração do orçamento da UMa, em pelo menos 30%, como a solução mais justa e equitativa”

Neste contexto, para garantir alojamento aos alunos deslocados, intra e extramuros, e reforçar o nosso plano de internacionalização, é necessário possuir mais residências universitárias. Como já foi latamente noticiado, a UMa, no âmbito do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, viu aprovadas as suas candidaturas de renovação da sua atual Residência de Estudantes, com capacidade para 204 camas, no valor de cerca de 2,5M€ (c/IVA), bem como da adaptação do edifício da Rua da Carreira, no valor de cerca de 1M€ (c/IVA), com a capacidade de 25 camas; e da nova residência da Quinta de S. Roque, com capacidade para 200 camas, no valor de cerca de 8M€ (c/IVA). Juntamente com o Edifício do Politécnico, o valor global destes investimentos ascende a cerca de 30 milhões de euros.

Referi-me a investimentos que estão garantidos ou em fase de decisão final. A palavra investimento é a que mais se ajusta a esta matéria e nela pretendo incluir a prevista celebração do contrato-programa entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), o Governo Regional e outras entidades não governamentais (de que são exemplo as autarquias e entidades privadas). Este contrato constitui um meio (embora não o único, pois considero a majoração do orçamento da UMa, em pelo menos 30%, como a solução mais justa e equitativa), digo, um meio de comparticipação, em diferentes percentagens, dos seus subscritores (1/3 do MCTES e 2/3 dos restantes parceiros. Terá rapidamente de ser proposto pelo Ministério, que deve informar os parceiros sobre os termos de referência e as condições de exequibilidade desse contrato.

O senhor Presidente do Governo Regional e o Senhor Presidente da Associação de Municípios que nos honraram com a sua presença e intervenções são naturalmente e, como foi expresso, os nossos parceiros. Desejam que a Universidade prospere e que cumpra a missão a que está acometida.

Semana do Caruncho

Já está aí, pelas ruas do Funchal, mais uma semana académica, desta vez realizada pela recém-empossada direção da Associação Académica. Dinâmica, criativa e original, são os termos que melhor definem esta maratona de ações culturais, recreativas e desportivas. É de salientar, sem dúvida alguma, o facto dos organizadores terem apostado

Podem contar com o esforço da nossa Academia para justificar o investimento que nela tem de ser feito e que, por esta via, pode continuar para criar as condições que referenciei no início deste discurso. Os docentes/investigadores que são responsáveis pelos 87 projetos de investigação na Universidade da Madeira, no valor global de 11,5M€, bem como os que fazem investigação noutras Universidades e Centros de Investigação, os que são associados a centros e polos, na recente parceria com a ARDITI- Agência Regional para o Desenvolvimento, Investigação, Tecnologia e Inovação, continuarão a trabalhar, de modo a aumentar, neste âmbito, a notoriedade nacional e internacional da Universidade da Madeira. Como tantas outras instituições análogas à nossa, podemos mostrar exemplos de sucesso. A UMa orgulha-se de ver reconhecidos seis dos seus investigadores associados aos seus centros e polos (cinco do CQM- Centro de Química da Madeira, e um de Matemática), que se encontram no restrito número dos que, nas suas áreas, atingiram o topo, estando nos 2% dos mais citados a nível mundial.

E, para que a investigação que se realiza na UMa não seja apenas conhecida internamente, criámos um Gabinete de Transferência de Conhecimento. Além de todas as outras ações de divulgação e promoção da ciência, inovação e tecnologia, numa parceria com a RTP-M, o programa UMa-Investiga, é um espaço mediático onde os nossos investigadores dão a conhecer a investigação que realizam e a importância dos resultados obtidos. Continuaremos a dar a conhecer à sociedade, conjuntamente com os nossos associados e parceiros públicos ou privadas, o muito que fazemos em ID&I na UMa.

E ao futuro, o que devemos?

Devemos continuar a executar o nosso plano estratégico, fazendo crescer e consolidar o nosso projeto científico-pedagógico, de internacionalização e de serviço à sociedade. Devemos continuar a persistir em melhorar as condições internas, em todos os setores, nomeadamente nos processos de progressão nas
carreiras tanto de docentes quanto do pessoal técnico-administrativo.

Devemos concluir, com êxito, os projetos científicos que estamos a gerir, os projetos candidatados no âmbito do PRR, que já mencionei, incluindo o do consórcio com as universidades de Évora, do Algarve, e Nova de Lisboa.Devemos lutar para que possamos ter acesso aos fundos do QCA não descentralizados, bem como celebrar o contrato-programa de apoio à Universidade da Madeira.

Poder para o Povo

Em 1928 Virginia Woolf escreveu Orlando o primeiro romance em que o personagem principal muda de sexo no meio da história Um século depois o escritor e ativista trans Paul B Preciado decide enviar uma carta filmada a Virginia Woolf o seu Orlando saiu da sua ficção e vive uma

Devemos reforçar as parcerias interinstitucionais, tanto ao nível da rede de ensino superior (com a celebração de protocolos para investigação e formação, como a que mantemos com o ISCTE, no âmbito de pós-graduações na área da Gestão; e com a Universidade Católica Portuguesa, com as pós-graduações nas áreas de Serviço Social e de Ciência Política).

Devemos dar os passos necessários para iniciar, desenvolver ou concluir projetos estratégicos fundamentais e estruturantes, como a Escola Internacional de Turismo, a participação na criação do Centro Académico Clínico da Madeira, bem como no Centro de Estudos sobre o Cancro, numa parceria entre o Governo Regional, a UMa e o IPATIMUP (Instituto da Universidade do Porto). Devemos criar a Escola Superior Sénior da Universidade da Madeira.

Devemos incrementar o recente Protocolo de Colaboração entre a UMa e a ARDITI para o reconhecimento mútuo entre centros e polos de investigação pertencentes a ambas as Instituições.

Devemos, ainda, dar sequência, para acreditação, de novos ciclos de estudos, nas seguintes áreas: a) Informática (Pós-graduações e/ou mestrados em Inteligência Artificial, Cibersegurança e Ciências de Dados); b) Física (licenciatura em Engenharia Física e Computacional); c) Biomedicina: licenciatura em Engenharia Biomédica; d) Medicina, em parceria com a Universidade de Lisboa (extensão do curso ao 4.º ano) e Farmácia (ciclo básico do mestrado integrado em Ciências Farmacêuticas); e) Mar (licenciatura em Ciências e Tecnologias do Mar, a ser lecionada em inglês); f) Música (parceria com a Universidade de Évora e com a Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, para o funcionamento de parte da licenciatura na Madeira, à semelhança do que atualmente ocorre com o curso de Medicina); Pós-Gradução em Green and Digital Innovation, entre outras.

Temos de ter em consideração que este vasto programa não será lançado em simultâneo, devendo obedecer às regras internas de aprovação e externas de acreditação, bem como de celebração dos devidos protocolos. Em todo o caso, evidencia a dinâmica da Universidade em inovar e reforçar a sua oferta formativa, no sentido de dar resposta a novos desafios.

Aos meus colegas docentes e investigadores, aos Presidentes de Unidades Orgânicas, aos Diretores de Curso e a todos quantos, direta e indiretamente, contribuíram para o sucesso académico da nossa Universidade em todas as vertentes que explicitei no presente discurso, dirijo o meu mais profundo agradecimento. São eles os heróis desta transformação que estamos a realizar na nossa sociedade. É-lhes devido o justo reconhecimento pelo esforço, empenho e dedicação à causa da cultura, da ciência e do conhecimento. Eles sabem que a Universidade pode contar com o seu trabalho. Sabem também que a sociedade lhes reconhece a qualidade e competência. Tal como os que, desde a primeira hora, fizeram parte desta aventura do saber, serão sempre recordados por terem marcado o desenvolvimento do ensino superior na Madeira e, consequentemente, do próprio desenvolvimento da Região.

Memorandum

Os fragmenta e os testimonia permitem-nos perceber que Herófilo merece um lugar especial na História da Medicina, pelo conhecimento que desenvolveu

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Finalmente, e mantendo-me fiel ao compromisso que assumi de conduzir a Universidade da Madeira a um grau de desenvolvimento diferenciado do que até aqui tivera, faço um apelo a que todos, docentes/investigadores, pessoal técnico, administrativo e de gestão, e estudantes, laborem na via do progresso, lutando por atingir os objetivos que referi. Com esta atitude, faremos mais e melhor. Tornaremos a Universidade da Madeira um modelo de desenvolvimento sustentável, um espaço de saber maduro e prospetivo, um recurso de competências e ação.

Parabéns à Universidade da Madeira!

Muito obrigado!

Sílvio Moreira Fernandes
Reitor da UMa
Com fotografia de Roberto Sousa.
Discurso proferido a 25 de outubro de 2023, na Sessão de Abertura do Ano Académico 2023-2024, realizada no Colégio dos Jesuítas do Funchal.

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