As palavras-chave permitem que o leitor tenha acesso aos artigos que foram classificados com esse vocábulo enquanto etiqueta. Dessa forma, o repositório digital de notícias da ET AL. é filtrado para que o leitor consulte o grupo de artigos que corresponde à palavra-chave que selecionou. Em alternativa, pode optar pela procura de termos na barra de pesquisa.

Etiqueta Selecionada

Reitor

30 anos da Universidade da Madeira

A Universidade da Madeira (UMa) foi criada pelo Decreto-Lei n.º 319-A/88, de 13 de setembro, tendo feito, portanto, 30 anos em setembro de 2018. A instalação da UMa prolongou-se por oito anos, período em que conheceu três Comissões Instaladoras, a última das quais presidida pelo professor João David Pinto Correia, recentemente falecido, a quem aqui presto aqui pública homenagem. Após a fase de instalação, que terminou a 13 de maio de 1996, com a homologação dos Estatutos da UMa, houve que consolidar e desenvolver um projeto académico centrado no reforço do seu corpo docente e da sua qualificação, na atividade de investigação científica e na transferência do conhecimento para a sociedade. Atualmente, 98,6% dos docentes da carreira universitária são doutorados; 83,3% dos docentes da carreira politécnica são doutorados ou detentores do título de especialista; e, quando consideramos o conjunto de todos os docentes, em equivalente a tempo integral (ETI), 81,3% são doutorados. Em matéria de oferta formativa, o primeiro curso da UMa foi a licenciatura em Educação Física e Desporto, que se iniciou em 1989-90. Nos anos seguintes, a Universidade ampliou o número de áreas de formação e de cursos universitários, atualmente integrados em quatro Faculdades (Artes e Humanidades, Ciências Exatas e das Engenharias, Ciências Sociais, e Ciências da Vida). Em todo este processo, houve sempre a preocupação de ajustar a oferta educativa aos interesses e procura por parte dos estudantes e às alterações das necessidades de trabalho da Região. A UMa passou a disponibilizar também formação de cariz politécnica, com a integração, em 2004, da Escola Superior de Enfermagem da Madeira. Em 2015, criou a Escola Superior de Tecnologias e Gestão, de modo a permitir a oferta de cursos técnicos superiores profissionais e de outros cursos politécnicos noutras áreas para além da saúde. A par da disponibilização de cursos nas principais áreas do saber, temos tido a preocupação de projetar uma imagem diferenciadora da Instituição, através de ofertas no âmbito de áreas específicas de interesse estratégico para a RAM. Atualmente, a UMa tem acreditados 20 licenciaturas, 21 mestrados, 8 doutoramentos e 9 cursos técnicos superiores profissionais, oferecendo, ainda, pós-graduações e cursos breves. A criação da Universidade da Madeira veio permitir o acesso à formação superior por parte de milhares de jovens Madeirenses cujas famílias não teriam possibilidades de custear os seus estudos fora da Região. Mas não só. Pela reconhecida e certificada qualidade da sua formação, a UMa é todos os anos escolhida por muitas centenas de novos estudantes, que, independentemente da sua condição financeira ou classe social, a veem como a instituição ideal para realizar a sua formação académica de ensino superior. Para além desse aspeto fundamental, de democratização do acesso ao ensino superior, a UMa desempenha um papel essencial na formação dos quadros superiores de que a Região necessita, na promoção da cultura, na internacionalização e na investigação, inovação e transferência do conhecimento para as empresas e a sociedade. A isto acresce o impacto económico direto na Região, provindo do seu orçamento anual, de mais de 17 milhões de euros. Hoje é inquestionável o papel das instituições de ensino superior no desenvolvimento das regiões e na manutenção e atração para estas do capital humano qualificado. Por tudo isto, as comemorações dos 30 anos da UMa devem constituir uma oportunidade privilegiada para aumentar a divulgação da sua atividade, para homenagear personalidades que foram determinantes na sua construção, e para reforçar a sua ligação aos antigos alunos. São estes os nossos principais embaixadores e que, certamente, muito se orgulharão com o contínuo aumento do prestígio, nacional e internacional, daquela que será sempre a sua Universidade. Que todos nós, docentes, funcionários e alunos, continuemos a empenhar-nos e a trabalhar para construir uma Universidade cada vez melhor. José do Carmo Reitor da UMa

LER MAIS...

Estatutos da Universidade da Madeira

Atualmente é preciso proceder à implementação dos novos Estatutos, alterando os regulamentos necessários e pondo em funcionamento os Conselhos de Curso Os Estatutos da UMa foram revistos em julho de 2015. O interesse do País e da Região na oferta dos novos cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP), cuja realização só é permitida a institutos politécnicos ou a unidades politécnicas integradas em universidades, tornou inadiável a alteração dos Estatutos, com a criação de uma nova unidade politécnica. Tal foi aproveitado para efetuar outras modificações convenientes e, em particular, para reformular a participação dos funcionários não docentes e dos estudantes nos órgãos da Universidade. Seguem-se as principais alterações. Unidades orgânicas,colégios e cursos As unidades orgânicas deixam de ser denominadas de Centros de Competência, passando a Faculdades ou Escolas Superiores, conforme se trate de ensino universitário ou politécnico, podendo organizar-se em Departamentos. O Centro de Competência de Tecnologias da Saúde passa a Escola Superior de Saúde, traduzindo melhor a sua esfera de ação, e é criada a Escola Superior de Tecnologias e Gestão, permitindo, em particular, oferecer CTeSP em áreas distintas da saúde. Os Colégios são extintos, transitando a generalidade das competências dos seus Presidentes para os Presidentes dos Conselhos Pedagógicos, Universitário e Politécnico, os quais continuam a ser nomeados pelo Conselho Geral. Clarifica-se a coordenação científica e pedagógica dos ciclos de estudos, uniformizando-a e simplificando-a, estabelecendo-se que todos os cursos conferentes de grau são da responsabilidade de uma unidade orgânica, faculdade ou escola conforme se trate de cursos de ensino universitário ou politécnico, e que os CTeSP são da responsabilidade das escolas. Participação dos funcionários não docentes O Conselho Geral passa a incluir um representante dos trabalhadores não docentes. A representação dos trabalhadores não docentes no Senado deixa de estar restrita aos administradores e aos diretores de serviço. Participação dos estudantes Reduz-se de 70 para 30 o mínimo de subscritores das listas de estudantes para o Conselho Geral. Procura-se aproximar os estudantes dos seus representantes, construindo a sua participação nos restantes órgãos a partir de Conselhos de Curso. Concretamente: · São criados Conselhos de Curso constituídos por um aluno de cada ano curricular, eleito pelos seus pares, e igual número de docentes indicados pelas unidades orgânicas. · O diretor de Curso é eleito de entre e pelos docentes do Conselho e o representante dos estudantes é eleito de entre e pelos estudantes do mesmo Conselho. · O diretor e o representante dos estudantes dos ciclos de estudos da responsabilidade de cada unidade orgânica formam o seu Conselho Pedagógico. · Os Conselhos Pedagógicos das unidades juntam-se, formando os Conselhos Pedagógicos Universitário e Politécnico, com o objetivo de uniformizar critérios e regulamentos, deliberando sobre problemas genéricos e não específicos a um dado curso. · Os estudantes de cada um destes dois Conselhos elegem, de entre si, três representantes ao Senado, que se juntam aos três estudantes indicados pela AAUMa. Atualmente é preciso proceder à implementação dos novos Estatutos, alterando os regulamentos necessários e pondo em funcionamento os Conselhos de Curso, que terão um papel fundamental no incremento da participação dos estudantes na vida académica. José Carmo Reitor da UMa

LER MAIS...

Universidade da Madeira: breve balanço de 2013-14

O ano de 2013-14 foi difícil, a começar, desde logo, por todos nós, docentes, funcionários não docentes e alunos, termos visto partir colegas, que nos eram queridos, e que deixaram a Universidade mais pobre. A nível externo prosseguiram as restrições à autonomia das universidades e os cortes orçamentais. Em 2013, em adição aos cortes iniciais, verificou-se, a meio do ano, um corte de mais 236 mil euros. Em 2014, a uma nova redução inicial de 2%, juntou-se o dito erro técnico decorrente da aplicação cega às universidades dos cortes salariais médios da função pública. Um corte adicional de cerca de 420 mil euros que se espera corrigido no próximo orçamento retificativo. Do ponto de vista interno, há dois problemas fundamentais por resolver: · Estancar a saída de recursos humanos (com quebras superiores a 5,5% nos docentes e a 13% nos funcionários não docentes, de 2009 para 2013); · Melhorar a eficiência da UMa, simplificando regulamentos e procedimentos, informatizando e delegando competências. No que respeita aos estudantes, que são a razão de ser da Universidade, procurou-se apoiar os com dificuldades financeiras: manteve-se o valor das propinas e seu pagamento em 10 prestações, o fundo de apoio de emergência e a comparticipação nas bolsas de alimentação; alargou-se o número de prestações de pagamento das dívidas; diminuiu-se a propina dos estudantes a tempo parcial; e, aos alunos a que só falte concluir a tese e o façam em 5 meses, só se exige uma prestação da propina por cada mês usado. A quebra do número de alunos foi de 7,2% de 2011-12 para 2012-13, e de 2,6% de 2012/13 para 2013/14, registando-se mesmo um crescimento nos 2.os e 3.os ciclos. Tal como em 2012/13, foram ocupadas 85% das vagas no Concurso Nacional de Acesso, embora com diminuição de candidatos em certas áreas, acompanhando o que se passou a nível nacional. O número de reingressos cresceu 46%, e o número de estudantes Erasmus também cresceu. É necessário captar mais estudantes internacionais e do continente, abrir novas pós-graduações e mestrados, e iniciar a oferta dos cursos Técnicos Superior Profissionais. A UMa tem de prosseguir na sua internacionalização e na sua afirmação como um dos motores do progresso económico da Madeira, e do seu desenvolvimento cultural e social. É importante reforçar a ligação da UMa aos antigos alunos e responder às suas necessidades. Em relação aos atuais alunos, devemos incrementar o apoio ao empreendedorismo e a promoção do mérito. Mas, acima de tudo, temos de garantir formações com qualidade. Essa será a melhor arma que disporão para enfrentar o mundo à sua volta. E, a esse respeito, registamos que todos os cursos, objeto de avaliação pela A3ES em 2013, foram acreditados, em alguns casos após se terem tomado as medidas necessárias, como a revisão do modelo curricular uniforme dos 1.os e 2.os ciclos, e a contratação de docentes para as áreas mais carenciadas. Apesar de vivermos tempos difíceis, tenho a certeza de que seremos capazes de ultrapassar as dificuldades. José Carmo Reitor da UMa

LER MAIS...

25 Anos da Universidade da Madeira

1. Do ponto de vista institucional, podemos distinguir quatro grandes períodos nesta, ainda curta, história da Universidade da Madeira. O primeiro período respeita à fase da instalação, que vai até à homologação dos primeiros Estatutos da Universidade, a 13 de maio de 1996, e a eleição do seu primeiro reitor, o professor José Manuel Nunes Castanheira da Costa, em julho de 1996. O segundo período diz respeito ao chamado (nos próprios Estatutos) de regime de transição, que termina em finais de 2000 com a eleição como reitor de um professor catedrático, o professor Rúben Antunes Capela. Finalmente, considero que as alterações profundas na forma de governo das universidades decorrentes da entrada em vigor, em 2007, do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), e consequente alteração dos Estatutos da Universidade (em outubro de 2008), dão origem ao que eu denomino de quarto período, onde nos encontramos atualmente. Apesar de colaborar com a Universidade da Madeira desde o ano letivo de 1992/93, não participei ativamente nos tempos agitados, mas certamente empolgantes, da sua construção inicial , uma vez que só passei a fazer parte do seu quadro docente em abril de 2000, altura a partir da qual passei, então, a estar envolvido em intensa atividade de gestão académica, nomeadamente como presidente de unidades orgânicas. 2. Nestes 25 anos, a Universidade da Madeira deu um salto enorme, em múltiplos aspetos. De seguida, abordarei, muito sucintamente, alguns deles e terminarei com uma breve referência ao que penso serem os atuais desafios da Universidade. As universidades não são as suas instalações, mas sem instalações minimamente condignas e adequadas, dificilmente se desenvolvem. Apesar da beleza do espaço em causa, o edifício do Colégio (onde agora se situa a Reitoria e parte da Administração) não dispunha de condições para albergar toda a Universidade e, com o crescimento do seu número de alunos, a instituição viu-se obrigada a arrendar outros espaços, chegando a estar dispersa por cinco edifícios. Facilmente se percebe, assim, a importância que teve a construção de um edifício de raiz para a Universidade. A construção do atual edifício da Penteada, com cerca de 24000 m2, com espaço para gabinetes dos seus docentes e capacidade para 3500 estudantes, e a mudança para lá de toda a atividade académica (que se processa de 1998 a 2000), constituiu, na minha opinião, um marco fundamental na história da Universidade da Madeira. Do ponto de vista das instalações, merece também realce a construção e entrada em funcionamento da residência universitária, que, com 209 camas, é uma estrutura fundamental para apoiar a estadia quer de alunos madeirenses residentes longe do Funchal, quer de alunos de fora da Madeira. Igualmente se justifica uma referência à quinta que a Universidade adquiriu e cujo aproveitamento total aguarda por maiores folgas financeiras. 3. Deixando as instalações e indo à essência da Universidade, alguns comentários sobre a evolução da sua oferta educativa e do seu corpo docente. Como seria de esperar, o número de alunos cresceu imenso. A Universidade que em 1988 tinha 121 alunos, em 1994 já tinha 1681 alunos, em 2002 tinha 2385 alunos e em 2012 cerca de 3636 alunos. Apesar da redução do número de estudantes que ocorreu no presente ano letivo, o edifício da Penteada já se encontra a ser utilizado na sua capacidade máxima, ou perto disso. Este incremento do número de alunos tem sido acompanhado de um ajustar da oferta educativa, que tenta ter em conta a procura dos alunos e as necessidades da Região. Este ajustar da oferta é particularmente relevante entre 2001 e 2005. Nomeadamente, toda a oferta na área das Humanidades é reformulada nesse período, com os vários cursos de Línguas e Literaturas a deixarem de abrir vagas, em 2001/02, e com o surgimento de novos cursos a partir de 2002/03. Igualmente, nas áreas das Ciências e das Engenharias, se registam alterações profundas, com o surgimento de novos cursos (como Engenharia Informática, em 2001/02, e Bioquímica e Engenharia Civil, em 2004/05) e o encerramento ou reestruturação de outros. 4. Particularmente relevante é a evolução em número e, acima de tudo, em qualificação do corpo docente. O aumento do número de mestres e doutorados era absolutamente essencial para a qualidade e avaliação dos cursos e foi obtido por contratação de doutorados e com um grande esforço de formação do corpo docente jovem, nomeadamente dispensando de serviço docente, em simultâneo, vários assistentes, para realização do seu doutoramento. A título ilustrativo, pode observar-se, no quadro a seguir, a evolução das qualificações do corpo docente de carreira, das áreas do Departamento de Matemática e Engenharias, entre 1996 e 2006. Embora só disponha dos dados referentes a esse Departamento (que compilei quando era seu presidente), julgo que eles espelham o que se terá passado genericamente na Universidade. Naturalmente esta evolução tem continuado e atualmente cerca de 85% dos cerca de 75 docentes do Centro de Competência de Ciências Exatas e da Engenharia (oriundo da junção dos Departamentos de Física, Matemática e Engenharias, e Química) são doutorados e o mesmo se verifica com cerca de 70% dos docentes da Universidade. 5. No fim destes 25 anos, 17 se não contarmos com a fase de instalação, a Universidade continua a deparar-se com grandes problemas e desafios, que vão desde manter a estabilidade do corpo docente e dos funcionários não docentes e minimizar o abandono escolar motivado pela crise, no contexto financeiro mais difícil de sempre, à criação das condições para que os vários cursos da Universidade, de 1.º, 2.º e 3.º ciclos, sejam acreditados pela Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior (A3ES), ao alargamento da formação ao longo da vida e a uma cada vez maior internacionalização. Finalmente, julgo que o desenvolvimento de investigação e formação avançada na área do Turismo constitui também um importante desafio para a Universidade e sua contribuição para o desenvolvimento regional. (1) O professor Rúben Capela já tinha sido eleito reitor em meados de 2000, mas ainda como professor associado. Com a realização, em outubro e novembro, dos primeiros concursos para professor

LER MAIS...
OS NOSSOS PARCEIROS