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Financiamento e integração local são desafios na mobilidade

Financiamento e integração local são desafios na mobilidade

Relatório da ENS indica que os obstáculos financeiros e a falta de envolvimento com comunidades locais dificultam a experiência de estudantes internacionais.
O edifício do Parlamento Europeu em Estrasburgo, na França.

A ET AL. preparou um especial com artigos sobre a mobilidade europeia, a partir de um relatório da ESN (Erasmus Student Network), uma organização internacional sem fins lucrativos que apoia e representa estudantes internacionais.

Um dos principais desafios destacados no relatório da XV ESNsurvey é o financiamento insuficiente para cobrir os custos de vida durante a mobilidade. O documento indica que “35,63% dos estudantes relataram não ter fundos suficientes para cobrir os custos de vida”, o que demonstra a relevância deste problema. Além disso, “62,7% dos participantes receberam a bolsa de estudos apenas após o início da mobilidade”, complicando o planeamento financeiro e criando barreiras adicionais.

Outro obstáculo identificado foi a dificuldade em encontrar alojamento acessível. No relatório, “35,5% dos estudantes destacaram este problema como significativo”, reforçando a necessidade de soluções mais acessíveis por parte das instituições anfitriãs e dos governos locais. Estas dificuldades refletem diretamente na experiência geral dos estudantes e no impacto positivo que a mobilidade poderia ter.

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A integração comunitária também se apresenta como um desafio. Apesar de ser uma das metas do programa Erasmus+, “53,47% dos estudantes não participaram de atividades na comunidade local ou na instituição anfitriã”. Esta falta de engajamento limita o potencial de interculturalidade e reduz a sensação de pertença entre os estudantes.

Apenas atividades específicas, como desportos locais (21,78%) e associações estudantis (15,26%), conseguiram alguma adesão. Contudo, o relatório sugere que iniciativas mais inclusivas e diversificadas poderiam atrair um número maior de participantes, especialmente aqueles que enfrentam barreiras sociais ou culturais.

Esses problemas não apenas afetam o bem-estar dos estudantes, mas também comprometem a missão principal da mobilidade estudantil: promover o entendimento intercultural. Como o relatório conclui, “sentimentos de ansiedade e stress afetaram 42,3% dos estudantes devido a estas dificuldades”, diminuindo sua motivação e o senso de pertença.

Parece ser urgente que sejam desenvolvidas políticas que aumentem o suporte financeiro e social para os estudantes. A integração comunitária deve ser incentivada, e os recursos financeiros precisam ser entregues de forma mais eficiente, garantindo que todos os estudantes possam tirar o máximo proveito das suas experiências de mobilidade.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Lukas S.

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