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Erasmus: (des)acompanhamento constante

Erasmus+, um programa ímpar no panorama europeu, muito apetecível a todos os estudantes da Universidade da Madeira, mas , em muito, subaproveitado. As condições seria favoráveis a todos os intervenientes caso existisse zelo profissional e respeito pelos estudantes no que diz respeito aos valores e período de concessão das bolsas e, inclusive, na (ausência/atraso) resposta.

O número de estudantes a pretender estudar noutro país da Europa, durante um ou dois semestres, tem vindo a crescer nos últimos anos. No entanto, este número poderia ser bem superior na UMa, caso o tempo de resposta fosse menor (por vezes a resposta nem chega). Aliado aos constrangimentos que a insularidade nos impõem juntam-se os constrangimentos que a Instituição – que melhor que ninguém deveria sabê-lo pois sente-o na pele em muitos outros aspectos – nos coloca e temos a combinação (im)perfeita: vamos estudar fora, sem saber quanto recebemos, se recebemos bolsa completa ou não, se chegarão as Bolsas Santander como prometido e muitos outros problemas.

A cada aluno é-lhe atribuída uma bolsa de acordo com o projecto que é inserido (supostamente de forma aleatória). No total, existiram 9 projectos de atribuição de bolsas aos estudantes de Erasmus+ para o segundo semestre, dos quais 2 desses projectos têm uma duração de contrato mais reduzida do que a duração do semestre no país em que alguns estudantes serão acolhidos. Ou seja, a atribuição da bolsa de estudo para esses estudantes acaba a 31 de Maio enquanto o segundo semestre, em algumas universidades, só terminará no dia 10 de Julho. Além do desconhecimento de quais os critérios utilizados para a atribuição do valor em bolsa alguns estudantes terão que assumir um custo extra pois terão um custo de deslocação mais elevado que não é coberto pelo valor da bolsa atribuído para essa finalidade.

Perante esta situação, alguns alunos pediram explicações no dia da assinatura dos contratos. Ficou-se a saber que esta penalização é resultado de uma vistoria a alguns contratos Erasmus+ do ano lectivo anterior onde as datas da maioria dos contratos realizados não coincidiam com as datas de chegada e de regresso dos estudantes. Para os acalmar foram ainda informados, já quando de malas aviadas, que haveria a possibilidade de atribuição de uma bolsa Santander para esses 2 contratos mas até à data esses alunos não obtiveram mais nenhuma informação acerca deste assunto.

Não querendo denegrir ou menosprezar o trabalho de quem trata destas questões vários alunos tentaram, nos locais próprios, resolver os seus problemas sem qualquer resposta ou contacto retribuído. Resta-nos esperar e ver se a UMa ajuda os seus estudantes sem que daqui surjam reclamações, telefonemas ou emails a reclamar com os estudantes que lutam para ter os seus direitos garantidos. Temos uma instituição que se quer tornar europeia e internacional mas que não consegue orientar 9 projectos europeus!

O texto foi escrito por um estudante em mobilidade este ano lectivo na UMa. Respeitamos o seu pedido de anonimato.

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