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Estudantes defendem transição gradual dos politécnicos para “universidades politécnicas”

Estudantes defendem transição gradual dos politécnicos para “universidades politécnicas”

A Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico sublinha que a transformação dos politécnicos em universidades deve ser faseada e garantir a missão do ensino politécnico.

A Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP) defendeu uma transição estratégica e gradual para a designação de “universidade politécnica”. Em comunicado citado pelo Público, a federação afirmou que esta evolução “é mais do que uma simples mudança de nomenclatura, é o único caminho viável para elevar o ensino superior em Portugal a um patamar de excelência”. Contudo, alertaram que tal progresso deve ser feito de forma faseada, garantindo a preservação da missão do ensino politécnico.

De acordo com o jornal, a proposta do Governo, apresentada no final de 2024, prevê que os institutos politécnicos possam conferir o grau de doutor e adotar a designação de “universidade politécnica”. A FNAEESP sublinha que “os doutoramentos devem ser compatíveis com a missão do ensino politécnico”, acrescentando que estas instituições devem ainda oferecer, no mínimo, quatro licenciaturas, duas das quais técnico-laborais, três mestrados em áreas estratégicas e um Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP).

Outro ponto destacado pela federação, conforme relatado pelo Público, é a necessidade de corrigir desigualdades no financiamento entre os sistemas universitário e politécnico. Segundo o comunicado, “caso o modelo de financiamento não seja revisto de forma justa, corre-se o risco de comprometer a capacidade dos institutos politécnicos para cumprir a sua missão”. A FNAEESP enfatiza que os politécnicos têm um papel crucial no interior do país, sendo motores de desenvolvimento económico, social e cultural.

Por fim, a federação defende que, após um ciclo de avaliação dos centros de investigação, os critérios exigidos para as universidades politécnicas sejam equiparados aos das universidades tradicionais. No entanto, mantém-se a diferenciação na oferta de cursos técnico-profissionais, reforçando a ligação destas instituições ao mercado de trabalho e garantindo a continuidade da sua missão no ensino superior.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de NCI.

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