A IMPRENSA ACADÉMICA continua a promover e a valorizar a produção científica dos professores da Universidade da Madeira através da edição das suas obras. Esta é a segunda publicação de Leonor Martins Coelho pela Imprensa Académica, apesar de a autora ter elaborado textos de outras publicações da editora como A Ilha das Quatro Estações (2021), de José Viale Moutinho, e A Penteada ou o Fim do Caminho (2022), de Irene Lucília Andrade. A obra que agora é apresentada tem prefácio de José Cândido Oliveira Martins, Professor Associado na Universidade Católica Portuguesa em Braga.
VÍCIO IMPUNE reúne textos publicados na imprensa regional entre 2018 e 2021, ordenados cronologicamente, e que foram submetidas a algumas remodelações desde a publicação original, assumindo um formato físico de livro impresso, diferente do formato eletrónico numa página da Internet. Assim reunidos, os textos assumem uma unidade de reflexão e crítica sobre os autores e os temas das suas obras. Leonor Martins Coelho chamou “notas de leitura” a estas pertinentes análises sobre alguns nomes da literatura portuguesa e lusófona contemporâneas: Afonso Cruz, Ana Teresa Pereira, Gonçalo M. Tavares, João Tordo, José Eduardo Agualusa, José Viale Moutinho, Núno Júdice e Vasco Gato. Como refere a autora, a obra “pretende captar a atenção de novos leitores”, sendo assim um convite à leitura destes e de outros autores contemporâneos. Por este motivo, esta publicação tem também uma dimensão ou finalidade pedagógica e formativa, pois espera atingir um público mais amplo, ou seja, um público para além do natural interesse dos estudantes de literatura.
“Este livro não é mera patacoada felina com bafo de atum”: em março foi apresentado o livro vencedor do Prémio Edmundo Bettencourt
O Prémio Edmundo Bettencourt de 2023 foi atribuído a Nicole Collet pelo seu Apollinaire, um gato filósofo, que integrará a próxima Feira do Livro do Funchal.
“O primeiro trabalho, cientificamente realizado no âmbito da História, sobre a Revolução do 25 de Abril na Madeira”
A afirmação do historiador Nelson Veríssimo é sobre a obra O “25 DE ABRIL” NA MADEIRA: TENSÕES SOCIAIS E POLÍTICAS EM
VÍCIO IMPUNE, como esclarece a autora, foi um título nascido da conjugação de duas expressões: “o vício dos livros”, expressão que Afonso Cruz foi buscar ao ensaio “Esse vício ainda impune” de Michel Crépu. VÍCIO IMPUNE é, assim, para a autora, “uma espécie de roteiro afetivo que tenho vindo a construir nos últimos tempos”. Um roteiro, claro está, por livros, leituras e autores. Como escreveu na “Nota Introdutória”, os seus breves ensaios contidos na obra estão “quase sempre subordinados à problemática da disforia e da errância”, que sublinham as luzes e as sombras da nossa condição humana. A autora acredita que “os romances transmitem conhecimentos sobre as contradições humanas” e, por isso, a literatura, seja em suporte digital ou em papel, é muito importante para aproximar as pessoas do ato de ler. Afinal, a autora lembra que se pode ler em qualquer lugar: “na praia, num banco de um transporte público ou numa fila de espera”. É este prazer do texto que VÍCIO IMPUNE procura partilhar a partir da análise de vários géneros literários, desde a poesia ao teatro, mas onde predomina a narrativa de ficção.
Leonor Martins Coelho é doutorada em Estudos Interculturais pela Universidade da Madeira. Realizou os seus estudos de licenciatura na Universidade de Paris IV – Sorbonne e de mestrado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É Professora Auxiliar na Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade da Madeira, onde leciona unidades curriculares com incidência nos Estudos de Cultura e de Literatura, no âmbito do 1.º e 2.º Ciclos. É, atualmente, Diretora do Doutoramento em Literaturas e Culturas Insulares da Universidade da Madeira. É investigadora do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa, no cluster “Viagem e Utopia”, integrado no Grupo LOCUS.
ACADÉMICA DA MADEIRA participa na Festa do Livro de Belém
Entre 31 de agosto e 3 de setembro, com entrada livre, a residência oficial do Presidente da República, o Palácio Nacional de Belém, recebe a Festa do Livro. A IMPRENSA ACADÉMICA e a CADMUS, editoras da ACADÉMICA DA MADEIRA, participam no evento com dezenas de obras editadas nos últimos anos. Em simultâneo, acontece “Book 2.0 #The Future of Reading”, um evento que pretende “virar a página”.
Quando D. Quixote afrontou a cultura nazi: Carlos Martins
MADEIRA MAR DE NUVENS, da autoria de Carlos Martins, é o n.º 12 da coleção ILUSTRES (DES)CONHECIDOS, editada pela IMPRENSA ACADÉMICA
Sob o mote “o nosso objetivo é criar leitores”, a IMPRENSA ACADÉMICA é a mais antiga chancela editorial da ACADÉMICA DA MADEIRA. Dedicada à publicação de obras com cariz académico, em 2024 editora lançou OS CASAMENTOS DO REI, numa coedição com a editora Afrontamento. Em fevereiro, a IMPRENSA ACADÉMICA esteve em Londres a divulgar as suas obras junto do público britânico e da comunidade lusodescendente. Em março, na 50.ª edição da Feira do Livro do Funchal, um dos lançamentos, numa edição do município do Funchal em coedição com a IMPRENSA ACADÉMICA, foi AS DESVENTUROSAS AVENTURAS DE APOLLINAIRE O GATO FILÓSOFO, de Nicole Collet, vencedora da edição de 2023 do Prémio Literário da Cidade do Funchal – Edmundo de Bettencourt. Para 2024, as duas editoras da ACADÉMICA DA MADEIRA têm 15 lançamentos programados.
Timóteo Ferreira
ET AL.
Com fotografia da capa criada por Pedro Pessoa.