A Universidade de Aveiro (UA) retoma a oferta de um curso de medicina, após uma primeira tentativa no ano letivo de 2011/2012, que não teve sucesso, então realizada em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto.
O programa do atual mestrado integrado em Medicina inclui aulas na UA e orientação tutorial clínica, que será distribuída por três Unidades Locais de Saúde (ULS): a ULS Região de Aveiro, a ULS Entre-Douro-e-Vouga (nos hospitais de Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Oliveira de Azeméis), e a ULS Gaia/Espinho, integradas no Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance.
Entre os aspetos salientados na avaliação do curso, destacam a modernidade do programa, que é centrado no aluno, com um currículo considerado em espiral. No desenvolvimento das competências necessárias para a prática médica, a própria lista de tutores comprometidos com os estágios clínicos foi, também, considerada impressionante. Além de que as infraestruturas físicas e os equipamentos da UA foram considerados adequados às unidades curriculares do curso.

A possibilidade de estudar no estrangeiro esteve em debate no PEÇO A PALAVRA
No quinto episódio do PEÇO A PALAVRA a temática foi “Estudar no Estrangeiro?” e contou com a investigadora Mariana Vieira e o artista plástico Rodrigo Costa, que falaram das suas experiências como estudantes no Reino Unido.

48% dos candidatos madeirenses colocam UMa como primeira opção
95% dos 1.482 estudantes que concluíram os cursos gerais do ensino secundário na Madeira candidataram-se ao ensino superior.
No campo da investigação, o mestrado é suportado por diversos projetos nacionais e internacionais, nas áreas das ciências médicas e clínicas na UA e no Centro Académico Clínico.
O mestrado integrado em Medicina da UA adota a metodologia pedagógica de aprendizagem baseada em casos clínicos focada na formação de médicos aptos a prestar cuidados preventivos, terapêuticos, de reabilitação e paliativos, através de simulação clínica e residências em diversos contextos de saúde, mantendo um rácio de um estudante por tutor.
Além disso, o programa incentiva a atualização contínua dos estudantes através da participação em projetos de investigação ao longo dos seis anos de formação, destacando também a prática médica digital, incluindo teleconsulta e telemonitorização.
O mestrado pretende abrir gradualmente mais e mais vagas até atingir os 100 estudantes por ano. A funcionar já em 2024-2025, estão abertas ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior 40 vagas, já em julho deste ano. O contingente criado para os candidatos oriundos da Região Autónoma da Madeira, de 3,5% das vagas fixadas para a 1.ª fase, atribui uma vaga para estudantes madeirenses.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia Artur Tumasjan.