A Universidade de Harvard anunciou que vai expandir o seu programa de propinas gratuitas, permitindo que estudantes de famílias com rendimentos anuais até 200 mil dólares frequentem a instituição sem custos de propinas. Para aqueles cujas famílias ganham menos de 100 mil dólares por ano, o apoio será ainda mais abrangente, cobrindo despesas adicionais como alojamento, alimentação, seguro de saúde e deslocações. A decisão coloca Harvard entre as universidades norte-americanas que mais têm investido em garantir o acesso equitativo ao ensino superior, num contexto em que os custos das propinas continuam a ser um obstáculo significativo para muitas famílias.
Esta medida surge numa altura particularmente delicada para o ensino superior nos Estados Unidos, com várias instituições a enfrentarem cortes no financiamento federal. A Administração Trump tem reduzido significativamente os apoios às universidades, alegando questões ideológicas e orçamentais. Recentemente, a Universidade de Columbia perdeu 400 milhões de dólares em verbas federais devido a alegadas falhas na proteção de estudantes judeus durante protestos pró-palestinianos. Outras instituições, como Harvard, Yale e Stanford, também estão sob escrutínio governamental, enfrentando o risco de cortes futuros.

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Ainda assim, Harvard reforça o seu compromisso em atrair estudantes talentosos independentemente da sua situação financeira. De acordo com o The Guardian, antes desta alteração, apenas alunos de famílias com rendimentos inferiores a 85 mil dólares estavam isentos do pagamento de propinas. Considerando que o custo anual total de um curso em Harvard pode ultrapassar os 80 mil dólares, esta mudança permitirá que um número substancialmente maior de estudantes tenha acesso a uma formação de excelência sem se endividar.
O presidente da universidade, Alan M. Garber, destacou que a iniciativa não só amplia as oportunidades de acesso ao ensino superior como também enriquece a diversidade do campus. “Tornar Harvard financeiramente acessível para mais pessoas amplia a diversidade de origens, experiências e perspetivas que todos os nossos estudantes encontram, promovendo o seu crescimento intelectual e pessoal”, afirmou. A nova política entrará em vigor no ano letivo de 2025-2026 e deverá beneficiar estudantes de cerca de 86% das famílias norte-americanas.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Michelle Celedon.