Luiza (ou Luísa, como escrevemos atualmente) teve uma vida que, mesmo marcada por diversas tragédias, é uma inspiração para todos os que desejam realizar os seus sonhos.
Órfã de ambos os pais desde a infância. Vítima de um marido iracundo, alcoólico e viciado no jogo. De compleição frágil, sofreu de depressão e de várias doenças físicas. Na velhice, viveu com dores incapacitantes que lhe limitavam os movimentos.
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Saúde mental, leitura e escrita: dia 28 de novembro há ENCONTRO DE LEITORES para conversar sobre a obra de Deodato Rodrigues
No verão, Deodato Rodrigues lançou o seu primeiro romance, O INTENSO LABOR DOS TENTILHÕES, editado pela CADMUS, chancela da ACADÉMICA DA MADEIRA. Na terça-feira, 28 de novembro, às 18:00, os leitores são convidados para um momento de partilha no Colégio dos Jesuítas do Funchal.
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José Viale Moutinho recebeu o Prémio Inez de Castro
Escritor madeirense, também editado pela IMPRENSA ACADÉMICA e pela CADMUS, editoras da ACADÉMICA DA MADEIRA, foi novamente distinguido. A Fundação Inês
Por outro lado, que sempre que pôde, tomou as rédeas do seu destino. Casou por amor, com quem quis e enfrentou o preconceito ao tornar-se uma das primeiras mulheres a divorciar-se em Portugal, mal foi aprovada a lei, no início da Primeira República. Enquanto se restabelecia da tuberculose em França, foi apanhada pela Grande Guerra, mas, em vez de regressar à relativa segurança da sua pátria, dedicou-se a ajudar os soldados feridos, confortando-os e responsabilizando-se pela correspondência com as suas famílias. Com o tempo, tornou-se numa das distintas figuras nos círculos intelectuais de Portugal, valorizando o papel da mulher na sociedade.
Não tanto conhecido é o facto de ter colaborado na criação de um museu na Quinta das Cruzes, a antiga residência funchalense dos Freitas Lomelino, seus avós maternos, contribuindo com mobiliário e outras peças do espólio destes morgados, uma das mais antigas linhagens nobres da Madeira.
Há 100 anos, a Europa vivia tempos difíceis, marcados pela guerra, fome, pandemia, inflação, instabilidade política.
Foi, porém, na escrita que singrou. Desde muito jovem que acalentava o sonho de ser escritora, chegando mesmo a enviar contos para alguns jornais, nem sempre com o êxito que ambicionava.
Em adulta, sob o pseudónimo de Luzia (anagrama do seu nome), resolveu publicar OS QUE SE DIVERTEM, obra que a Imprensa Académica também viria a escolher para iniciar a coleção ILUSTRES (DES)CONHECIDOS. Este seu primeiro livro foi, desde logo, um sucesso, tornando Luzia numa das mais apreciadas autoras portuguesas do seu tempo.
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VICENTE JORGE SILVA com o Alto Patrocínio da Presidência da República
A 12 de julho, o Teatro Municipal de Baltazar Dias recebeu a sessão de lançamento do terceiro biografado na coleção VIDAS (DES)CONHECIDAS, da CADMUS, uma das editoras da ACADÉMICA DA MADEIRA.
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Cultura madeirense e música no Scalabrini London
O Centro Scalabrini é um principais locais de realização de evento da comunidades portuguesa de Londres. Pelo Scalabrini já passaram vários
A Luiza/ Luzia merece ser conhecida por todos como exemplo de perseverança, face aos obstáculos. Em VIDAS (DES)CONHECIDADAS: LUZIA temos a sua vida, contada a todas as idades, pelo ator e dramaturgo Xavier Miguel e pela artista visual e ilustradora Teresa Vieira.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com imagem da ilustração de Teresa Vieira.