Num comunicado publicado na página do Sindicato dos Professores da Região Centro, a direção da ESEnfC) informou que o documento, que reuniu 1.396 assinaturas, foi entregue ao Ministro pela necessidade urgente de permitir que os docentes das instituições de ensino superior possam progredir na carreira assim que acumulem os pontos necessários.
A entrega do abaixo-assinado foi acompanhada por membros da FENPROF, destacando o apoio generalizado de docentes de várias instituições de ensino superior em Portugal, incluindo das regiões autónomas.
Os docentes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) têm estado em greve às avaliações desde junho, após anos de tentativas infrutíferas de negociação com as direções da escola e o ministério. Muitos docentes da ESEnfC não progridem na carreira há décadas, apesar de acumularem os pontos necessários para tal.
Ricardo Freitas Bonifácio garante que “a liberdade académica é essencial para garantir o florescimento da educação e da investigação”
No último mês têm ocorrido várias manifestações em prol da luta estudantil pelo clima, onde estudantes de universidades, em todo o país, têm reivindicado ao governo e aos membros do topo da hierarquia académica ações contra a crise climática. A resposta não é positiva, mas a Universidade da Madeira respondeu bem ao pedido dos estudantes.
Laboratório de Enfermagem
É mais uma das utilidades dadas pela UMa às suas salas, sendo esta desconhecida de muitos, mas muito apreciada por quem
Em resposta à greve, o ministro da Educação reuniu-se com os docentes e comprometeu-se a encontrar uma solução que permita as progressões na carreira independentemente da publicação do despacho conjunto que tem sido adiado pelos governos.
A FENPROF lançou um abaixo-assinado exigindo a resolução do problema por parte do ministro da Educação, Ciência e Inovação e manifestando apoio à luta dos docentes da ESEnfC. Durante a entrega do documento, o ministro reiterou o seu compromisso em resolver a questão no início do próximo ano letivo, analisando as propostas das instituições de ensino superior para avançar com uma solução.
Os docentes da ESEnfC esperam uma resolução do problema, mas estão determinados a continuar a luta se não houver uma resposta satisfatória. Este problema afeta também outras escolas e universidades, onde os docentes enfrentam bloqueios semelhantes nas suas carreiras. Se não houver uma solução justa, a continuação e alargamento da luta serão inevitáveis.
Espera-se que o MECI avance com uma solução justa e definitiva para o descongelamento das carreiras dos docentes do ensino superior.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Hush Naidoo Jade Photography.