O episódio do PEÇO A PALAVRA desta quarta-feira, emitido em direto às 19:00, trata sobre um imperativo nacional, a tecnologia e a inovação através do empreendedorismo. Nas semanas em que o país discute, em profundidade, o Orçamento do Estado para 2025, é consensual a necessidade que Portugal tem, para alavancar a sua economia, de apostar na modernização do seu tecido empresarial, sendo que as universidades são pólos de excelência para a promoção do conhecimento subjacente a essa obrigação.
Nesta emissão do programa, Ricardo Miguel Oliveira, jornalista e diretor geral editorial do DIÁRIO, estará acompanhado, no painel do PEÇO A PALAVRA, por Ismael da Gama, finalista da licenciatura de Engenharia Informática na UMa e coordenador da unidade de Política do Ensino Superior na Associação Académica, além de embaixador da Startup Portugal na Madeira. O segundo integrante do painel é Gonçalo Martins, estudante de doutoramento em Química na UMa e revisor de textos na Imprensa Académica e na Cadmus, chancelas editoriais da ACADÉMICA DA MADEIRA.
Os convidados desta emissão estão na Madeira para participar na conferência “Tecnologia e Inovação: Oportunidades de impacto e capacitação”. Bárbara Leão Carvalho é ecologista e empreendedora social, gestora de investimento de impacto da 3XPGlobal, e tem 25 milhões de euros para investir em projetos de impacto social e ambiental entre Portugal e Espanha. É doutorada em marketing com tese em consumo consciente. Miguel Muñoz Duarte é professor de empreendedorismo da NOVA SBE e diretor executivo do centro de empreendedorismo e inovação. Ambos integram o painel da conferência organizada pela Startup Madeira, que acontece a 12 de setembro, no Museu Casa da Luz, a partir das 9:00. O evento reúne especialistas, empreendedores e entidades para explorar o papel crucial da tecnologia e da inovação no desenvolvimento de soluções de impacto.
Empreendedorismo e Inovação para estudantes universitários
Estão abertas as inscrições para a edição de 2023 do Curso Intensivo em Empreendedorismo e Inovação Empresarial, que decorre no início de abril, em Santa Cruz. Trata-se de um programa cofinanciado pela União Europeia e pelo Governo Regional da Madeira, sem custos para os participantes.
Qvo vadis?
O DIÁRIO DE NOTÍCIAS da Madeira recebe um espaço de opinião com o painel do PEÇO A PALAVRA, uma produção da
Ainda no final do século passado, uma reunião do Conselho Europeu, em março de 2000, fixou o que ficou conhecido como a estratégia de Lisboa, para que a União Europeia fosse “mais competitiva e dinâmica economia do conhecimento em todo o mundo, capaz de um desenvolvimento sustentável com mais e melhores postos de trabalho e uma maior coesão social”, sendo que o investimento em educação e também em inovação iriam ser os protagonistas desse ímpeto continental que, há muito, é interpretado como uma obrigação dos Estados para a garantia da sua sobrevivência num mundo globalizado em que esses são aspetos fundamentais.
A conversa sobre tecnologia e inovação, que serve como introdução à conferência desta semana, é uma oportunidade para conhecer os projetos, as soluções e as tendências de setores que lideram o empreendedorismo em Portugal, explorando de que forma a tecnologia “pode criar um impacto positivo a nível económico, social, ambiental e cultural”.
Os especialistas entendem que, para impulsionar o crescimento económico e fomentar a criação de novos empregos, é essencial adotar políticas e instrumentos que incentivem o espírito empresarial e desenvolvam um ambiente favorável aos negócios. A economia portuguesa fechou 2023 com um crescimento de 2,3% do PIB, num aumento de 6,8% face ao ano anterior. Para 2025, o governo prevê um crescimento apoiado no aumento da receita fiscal, da ordem dos 4%, correspondendo a um aumento absoluto de perto de 2,5 mil milhões de euros em impostos arrecadados.
Estudar no estrangeiro?
Hoje, quarta-feira, é dia de emissão em direto do PEÇO A PALAVRA. Numa região com movimento migratório secular, como a Madeira, vamos conversar sobre uma emigração que é muito diferente da que conhecemos no passado: estudar no estrangeiro.
Arrancou a 13.ª edição do Curso Intensivo em Empreededorismo e Inovação Empresarial
Começou hoje, segunda-feira, 3 de abril, três dias de formação intensiva para dezenas de universitários, em Santa Cruz. O Curso Intensivo
Nos últimos dias, um comunicado do Ministério das Finanças esclareceu as previsões do Governo entregues na Assembleia da República no Quadro Plurianual das Despesas Públicas, apontando que o “crescimento da despesa pública nas Administrações Públicas deverá, em sede orçamental, crescer num valor próximo” de 4,1%. Para 2025, as prioridades do executivo apontam para maiores despesas nas áreas do trabalho, da segurança social, da administração interna e da saúde. Serão estes os ministérios com a maior percentagem da despesa no próximo ano, que aumenta 10,8%, excluindo a gestão da dívida pública.
O “programa Startup Portugal, lançado em 2016, apresentou uma estratégia nacional para o empreendedorismo, com o objetivo de reforçar o ecossistema e a capacidade de financiamento das empresas tecnológicas, e fomentar a competitividade da economia, pela atração de investimento estrangeiro na área tecnológica, renovação do tecido económico e criação de mais emprego qualificado”. Nesse período, o governo apontava que o “número de startups e de incubadoras aumentou significativamente, as empresas tecnológicas cresceram, aparecendo os primeiros unicórnios portugueses”, como a Farfetch e a Outsystems, além de dezenas de novas empresas tecnológicas a conseguir investimentos na ordem dos milhões de euros e a gerar milhares de empregos.
Anos depois, o colapso e a salvação da Farfetch evidenciavam o que os especialistas pregavam sobre a necessidade de um crescimento sustentável. O empreendedorismo debate-se com a necessidade de assegurar a viabilidade e sustentabilidade das propostas que crescem nos setores da economia. Dados do Instituto Nacional de Estatística, relativos a 2022, indicam que mais de “duas em cada dez novas empresas desaparecem antes de completar o primeiro ano e mais de metade não consegue vingar nos primeiros três anos de vida”. Em Portugal, a economia continua a ser dominada por microempresas. Apenas 0,1% das empresas portuguesas são grandes empresas (com mais de 250 trabalhadores e um volume de negócios acima dos 50 milhões de euros por ano), as médias representam 0,5% (entre 50 e 249 trabalhadores) e as pequenas correspondem a 3,3% (de 11 a 49 trabalhadores). Muitas vezes esquecidas no discurso político, que se foca nas PME, as microempresas representam 96% do tecido empresarial, existindo mais de um milhão delas em Portugal, e não têm meios para alcançar as ferramentas necessárias para aplicar políticas de inovação e desenvolvimento, num quadro empreendedor.
“Nós temos cursos tradicionalmente difíceis, cursos de engenharia civil, eletrotécnica… há cursos que estão marcados”
Sílvio Fernandes, reitor da UMa, foi o convidado de estreia do PEÇO A PALAVRA, um programa coproduzido pela TSF 100FM Madeira e pela ACADÉMICA DA MADEIRA, emitido, em direto, as quartas-feiras, quinzenalmente, e disponível em podcast.
As universidades legitimam as praxes?
Hoje, às 16:00, há emissão em direto do PEÇO A PALAVRA. O sociólogo e economista Jonas Van Vossole e a psicóloga
O PEÇO A PALAVRA discute estes temas, enquanto espaço em que o Ensino Superior, a Ciência e a Tecnologia estão em debate, porque os estudantes pediram a palavra. O seu nome tem origem na intervenção que tornou célebre o jovem líder estudantil em Coimbra Alberto Martins e espoletou a Crise Académica de 69. Trata-se de uma produção da TSF Madeira 100FM com a ACADÉMICA DA MADEIRA, transmitida em direto, quinzenalmente às quartas-feiras e disponível em podcast, nas principais plataformas do mercado.
Luís Eduardo Nicolau
com Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia da ACADÉMICA DA MADEIRA.