O PEÇO A PALAVRA estreou com temas quentes do Ensino Superior e da Universidade da Madeira (UMa). Pretendendo “abandonar estereótipos porque a juventude está interessada e informada”, o programa começou as suas emissões quinzenais com o reitor da UMa como convidado.
A arrancar o programa, Ricardo Miguel Oliveira, da TSF 100FM, explicou que “como todo o painel pediu a palavra para estar aqui hoje, começamos por comentar alguns estigmas ligados ao universo do Ensino Superior e, em particular, da UMa”. O reitor, ao ser confrontado com a frase “a UMa não tem bons cursos e são mais fáceis”, contestou o estigma, reforçando a qualidade da universidade. Apesar disso, não escondeu a dificuldade de alguns cursos, referindo que “nós temos cursos tradicionalmente difíceis, cursos de engenharia civil, engenharia eletrotécnica, se perguntar aos colegas de outras instituições vão ver que estes cursos, há cursos que estão marcados, não quer dizer que seja justo, mas estão marcados”.
No “Exame de Recurso”, um segmento de descontração do programa, Sílvio Fernandes passou por 12 perguntas de escolha múltipla, revelando “a quem seria a favor de atribuir um Doutoramento Honoris Causa?”, “Se tivesse de pedir dinheiro emprestado, a quem pediria?” e “Se tivesse de copiar num exame, de quem copiava…?”.
No debate, a ordem do dia passou por problemas do Campus Universitário, os estudantes internacionais, o Gabinete de Acesso ao Ensino Superior e o financiamento da UMa. A saúde mental, com a ansiedade durante as épocas de avaliação, foi tema de discussão com os estudantes.
Ismael Da Gama, integrante do painel do PEÇO A PALAVRA, destacou que “a UMa tem uma oferta variada de cursos. Num estudo do Observatório da Vida Estudantil, a Associação Académica apurou, em 2023, que 93% dos finalistas recomendam a Universidade da Madeira. A maioria dos inquiridos (80%) afirmou que o curso que irá concluir correspondeu às suas expetativas. Por isso, não se esqueça que não há universidades perfeitas e que a UMa, há muito, deixou de ser uma segunda opção por falta de dinheiro para ir para fora”.
Como explicou Ricardo Miguel Oliveira “vamos discutir estigmas, receber convidados, submetê-los a exames minuciosos e promover o debate aberto e honesto. Porque queremos discutir, informar e aprender, com espaço para todos os ânimos”.
Luís Eduardo Nicolau
ET AL.
Com fotografia de Henrique Santos.
