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Estudantes contestam descongelamento de propinas

Estudantes contestam descongelamento de propinas

Associações estudantis criticam o descongelamento das propinas, considerando-o um retrocesso nas políticas públicas e um agravamento das condições de vida dos estudantes.
Conselho de Associações Académicas Portuguesas mobilizou centenas de estudantes em Lisboa, para manifestação de 21 de março de 2024. Fotografia da Associação Académica da Universidade do Minho.

O descongelamento das propinas no ensino superior tem gerado controvérsia, com críticas de associações estudantis. A Federação Académica do Porto (FAP) classificou a proposta do ministro da Educação, Fernando Alexandre, como uma “insistência ideológica em contraciclo com as melhores práticas de políticas públicas europeias”, referiu o jornal Público.

Francisco Porto, Presidente da FAP, considerou “surpreendente” a retomada deste tema, defendendo que “quem menos tem” deve ter acesso garantido ao ensino superior como ferramenta de mobilidade social. Em declarações ao Público e ao Diário de Notícias, Francisco Porto sugeriu, em alternativa, a eliminação da política de devolução de propinas a estudantes que permaneçam a trabalhar em Portugal, que classificou como “uma péssima política pública”.

Graduados recebem prémio salarial do Governo de Portugal

Bem antes das festas do Fim do Ano, o executivo de António Costa deixou um prémio para 2024, para os graduados do Ensino Superior nacional nos graus de licenciado ou mestre. Trata-se de um bónus salarial para quem fique a trabalhar em Portugal.

A Associação Académica de Coimbra (AAC) também manifestou a sua oposição numa carta dirigida aos estudantes, onde alerta, segundo o Público e o Diário de Notícias, que o aumento das propinas agravaria as condições de vida dos estudantes. Na mesma carta, a AAC afirma que o caminho proposto pelo ministro constitui “um profundo retrocesso” nas melhorias alcançadas no sistema educativo português nos últimos anos.

O valor das propinas está congelado desde 2021, no contexto da pandemia, fixando-se nos 697 euros anuais. A possível revisão depende dos resultados de um estudo conduzido pela Universidade Nova de Lisboa, cujas conclusões estão previstas para abril. Apesar das críticas, Francisco Porto declarou ao Público e ao Diário de Notícias que, por agora, não estão planeados protestos, preferindo focar-se na resolução dos problemas do ensino superior.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de AAUM.

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