58.641 estudantes inscreveram-se para ingressar nesta fase, nas estatísticas publicadas na páginas da DGES, numa diminuição de 723 em comparação com o ano anterior (59.364 candidatos), na mesma fase de candidaturas ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. O concurso este ano ainda superou os valores registados antes da pandemia, conforme noticiado pelo Público.
Entre 2020 e 2022, o número de candidatos na primeira fase do concurso ultrapassou os 60 mil, com um recorde de 63.878 inscrições em 2021. Em 2022, assistiu-se a uma ligeira descida, para 61.835 candidatos, e no ano passado, o número desceu para menos de 60 mil. Em contraste, no ano de 2019, antes da pandemia, registaram-se 51.463 candidaturas.
António Fontainhas Fernandes, presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, atribui esta diminuição à quebra demográfica, mas salienta que o número atual ainda é “significativamente superior” ao verificado antes da pandemia. Este nível elevado de candidaturas, indica, reflete a “confiança no ensino superior”, que vê não apenas como um meio de ascensão social, mas também como uma porta de entrada para um mercado de trabalho mais bem remunerado.
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Maria José Fernandes, presidente do Politécnico do Cávado e do Ave, alerta para a necessidade de acompanhar atentamente esta tendência, que pode ser revertida com o aumento do número de estudantes estrangeiros a frequentar as instituições de ensino superior, o que exige uma adaptação por parte das escolas e continuar a promover o ensino superior, apelando ao Governo da República que continue a apoiar este esforço.
Na Madeira, também este ano registou menos candidatos ao ensino superior na primeira fase (1.404 no total dos estudantes que terminaram os cursos gerais do ensino secundário), comparado com os anos de 2022 (com 1.444) e 2023 (com 1.459). Quase metade dos candidatos madeirenses coloca a Universidade da Madeira como primeira opção, porém, comparado a 2023, o decréscimo do número de candidatos também se expressou em menos 16 estudantes a escolher a UMa como universidade preferencial.
Para mitigar os efeitos da pandemia, as regras de ingresso no ensino superior foram alteradas, com o levantamento da obrigatoriedade dos exames nacionais para a conclusão do ensino secundário, sendo realizados apenas pelos estudantes desejavam ingressar no ensino superior e precisavam das provas específicas exigidas pelos cursos pretendidos. Os candidatos do próximo ano já não serão afetados por estas medidas.
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No próximo concurso de acesso, em 2025, os exames nacionais terão um peso mínimo de 45% na média de ingresso, enquanto a média do ensino secundário passará a valer, no mínimo, 40%. Diferentemente do que se verificava até agora, o peso das provas de ingresso não poderá ser inferior ao da classificação final do secundário.
Com estas mudanças, as instituições de ensino superior poderão atribuir até 60% de peso às notas dos exames de ingresso. Além disso, o número de provas de ingresso exigidas passará de duas para três, consoante a decisão de cada instituição, ao invés das uma a três provas exigidas até agora.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Scott Webb.