Na década de 1940, a Câmara Municipal do Funchal mantinha o incentivo à produção escrita original na língua portuguesa, através do então chamado “Concurso Literário”. Em 1996, o galardão passa a chamar-se “Prémio Edmundo de Bettencourt”, em memória do poeta, compositor e cantor, dos maiores nomes da Canção de Coimbra, nascido no Funchal, em 1899, descendente dos antigos morgados da Calheta.
Em 2021, com a designação “Prémio Literário da Cidade do Funchal – Edmundo Bettencourt”, estipula-se a entrega da 3 mil euros ao vencedor e a atribuição de “menções honrosas a outras obras literárias que se notabilizem pela sua especial qualidade através da entrega de um certificado”. A Câmara Municipal continua a tomar a seu cargo a realização da primeira edição da obra vencedora.
O premiado REFÚGIO DE GIBRALTAR chegou aos leitores
A obra vencedora do Prémio Literário da Cidade do Funchal – Edmundo Bettencourt, REFÚGIO DE GIBRALTAR, de Berta Helena, foi lançada na Feira do Livro do Funchal, em março. É a história dos gibraltinos e gibraltinas que chegaram à Madeira em julho de 1940.
“Tem havido cada vez mais mulheres a escrever sobre mulheres e acho isso importantíssimo”
Vencedora, em 2022, do Prémio Literário da Cidade do Funchal Edmundo Bettencourt, a jornalista Berta Helena é autora de REFÚGIO DE
Conforme o regulamento, a obra tem de ser “original com o mínimo de 150.000 caracteres, incluindo espaços e em língua portuguesa”, “em papel, formato A4, com espaçamento duplo entre as linhas, letra Times New Roman […] tamanho 12, e em formato digital”. É obrigatório anonimato, pelo que as obras concorrentes devem “assinadas com um pseudónimo nunca antes utilizado pelo autor ou autora”.
A edição de 2023, foi vencida pela autora brasileira Nicole Collet, com AS DESVENTUROSAS AVENTURAS DE APOLLINAIRE, O GATO FILÓSOFO, que será apresentado em março, na 50.ª Feira do Livro do Funchal. Em 2023, o júri distinguiu também, com uma menção honrosa, a obra ANTES DE A CIDADE MORRA, de Deodato Rodrigues, autor.
Mais uma obra poética inédita no panorama literário madeirense
Luísa Sardinha lança inédito de poesia, editado pela CADMUS, que se será apresentado a 26 de maio, pelas 18:00, no Centro Comunitário do Funchal, junto à Biblioteca Municipal.
A tradição oral madeirense na Feira do Livro
O lançamento da obra CONTINHOS POPULARES MADEIRENSES, de Alfredo Vieira de Freitas e Tiago Pinto, decorreu no palco principal da 50.º
Editadas pela Câmara Municipal do Funchal, a Imprensa Académica integra duas obras distinguidas com este galardão no seu catálogo: SAIAS DE BALÃO – NA ILHA DA MADEIRA de Ricardo Nascimento Jardim (vencedor em 1945) e REFÚGIO DE GIBRALTAR de Berta Helena (vencedor em 2022).
As candidaturas para 2025 podem ser apresentadas até ao dia 30 de março de 2024. Para mais informações, contactar o endereço de correio eletrónico: premioliterariofunchal@funchal.pt
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Patrick Tomasso.