Terra Adorada, Terra Brasilis

Através dos olhos da filha, Patpro vai percorrer três épocas da história do seu povo indígena, no coração da floresta brasileira. Incansavelmente perseguidos, mas guiados pelos seus ritos ancestrais, pelo seu amor pela natureza e pela sua luta para preservar a liberdade, os Krahô reinventam diariamente novas formas de resistência.

Há mais de 200 anos o povo Krahô tem estado em contacto com os brancos, em relações por vezes amistosas com os fazendeiros ou de violenta aculturação. Em 1940, os Krahô foram perseguidos e massacrados e na década seguinte viveram sob pressão para se “civilizarem”, sendo-lhes alterado o seu modo de vida, recusada a sua história e negado o uso da sua língua indígena em detrimento do Português.

Em 1986, um membro da tribo Krahô identificou, no catálogo do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP), o Kàjré, um machado em meia-lua ritual. Os Krahô exigiram a devolução do símbolo religioso que lhes havia sido roubado em 1947. Foi a 12 de junho de 1986 que, reconhecendo a legitimidade da reivindicação dos Krahô, o eminente físico brasileiro José Goldemberg, então reitor da USP, devolveu o Kàjré ao seu povo.

Serviço Voluntário Europeu

No dia 12 de Setembro de 2013, a Associação Académica da Universidade da Madeira (AAUMa) foi acreditada pela União Europeia como entidade de acolhimento de envio e de coordenação no Serviço Voluntário Europeu (SVE), tornando-se assim na quarta organização não-governamental a desenvolver o SVE na Região Autónoma da Madeira (RAM).

A FLOR DO BURITI é um drama que percorre três épocas da história dos Krahô, do ponto de vista de uma menina, que dá a conhecer a luta de um povo pela preservação do seu modo de vida, da prática de ritos ancestrais próprios e da conservação do seu nicho na floresta brasileira. É uma história de resistência e de sobrevivência que toma o nome da flor do Buriti, um tipo de palmeira selvagem que cresce no território deste povo, a Kraolândia, no estado brasileiro de Tocantins.

A longa metragem resulta da parceria entre o casal de cineastas João Salaviza e Renée Nader Messora, ele português e ela brasileira, também autores do documentário Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de 2019, sobre os Krahô.

Tuna Universitária da Madeira recebe prémio no Porto

Regressada do Porto, a TUMa participou, há duas semanas, no Festival Internacional de Tunas Universitárias da Universidade Portucalenses, organizado pela Tuna Académica da Universidade Portucalenses, onde se sagrou “Tuna mais Tuna”.

Esta nova obra prima de Salaviza e Messora arrecadou o Prémio de Elenco em Cannes (França), o Prémio de Melhor Filme Latino-Americano em Mar del Plata (Argentina), o Prémio de Melhor Longa-Metragem no Festival dei Popoli de Florença (Itália), entre outros galardões.

A FLOR DO BURITI, de João Salaviza e Renée Messora, é a sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e a ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 5 e 6 de abril.

O cliente NOS, portador do seu cartão, tem direito a dois bilhetes pelo preço de um. Se for sozinho, além do bilhete, tem a oferta de um menu pequeno de pipocas e bebida. Vamos aproveitar estas vantagens com mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona.

Convidamos a assistir esta longa metragem com a nossa companhia. Até lá, confira o que lhe contamos no portal do Screenings Funchal.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotograma da película de João Salaviza e Renée Nader Messora.