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ACADÉMICA DA MADEIRA leva cultura madeirense ao Reino Unido

ACADÉMICA DA MADEIRA leva cultura madeirense ao Reino Unido

Entre os dias 28 de janeiro e 9 de fevereiro, a ACADÉMICA DA MADEIRA volta a levar a cultura madeirense Reino Unido com o objetivo aproximar as comunidades portuguesas, especialmente os jovens madeirenses e lusodescendentes, às tradições e património culturais de Portugal e da Madeira.
Elizabeth Tower, originalmente Clock Tower, renomeada em 2012 para marcar o Jubileu de Diamante da rainha Isabel II, em Londres.

Motivada pelo impacto positivo da edição anterior, num primeiro contacto com as comunidades portuguesas do sul da Inglaterra, esta iniciativa conta novamente com o apoio do Instituto Português de Desporto e Juventude, I.P., numa aposta na valorização da cultura e na participação ativa dos jovens em ações de preservação da identidade portuguesa.

A realização deste programa é possível graças à colaboração associações que trabalham com as comunidades, especialmente o Centro de Estudos e Desenvolvimento de Educação, Cultura e Social (Cedecs), liderado por Eugénio Perregil, e a Associação Portuguesa de Crawley, que têm desempenhado um papel crucial na promoção da cultura portuguesa no Reino Unido.

Durante a estadia, estão programados vários concertos e saraus de fado, que irão homenagear dois grandes nomes da música madeirense. Edmundo de Bettencourt, uma figura central no fado de Coimbra, e Max (Maximiano de Sousa), ícone do fado e da música ligeira portuguesa, serão os protagonistas das noites culturais. Os concertos incluirão momentos de celebração do fado e da música portuguesa, com destaque para o dia 30 de janeiro, quando a Embaixada de Portugal em Londres será palco de um concerto dedicado a Max. No dia 31 de janeiro, será a vez da ilha de Jersey receber uma homenagem a Edmundo de Bettencourt. No dia 1 de fevereiro, ainda em Jersey, haverá um concerto dedicado a Max. No dia 2 de fevereiro, Londres será novamente o palco de um evento, desta vez em homenagem a Edmundo de Bettencourt. No dia 5 de fevereiro, haverá uma apresentação especial num lar de idosos. No dia 8 de fevereiro, o Scalabrini Centre, em Londres, receberá um concerto dedicado a Max, com enfoque na comunidade portuguesa residente na região.

A capela do Corpo Santo do Funchal

A confraria do Corpo Santo apoiava os seus confrades na doença e em acidentes, como naufrágios e ataques de corsários, tal como depois nos enterros dos seus membros, às viúvas

Além dos saraus, a deslocação incluirá apresentações literárias de duas obras publicadas recentemente pela Imprensa Académica, chancela editorial da ACADÉMICA DA MADEIRA. Estas obras são um testemunho da riqueza histórica e cultural da Madeira: História da Madeira, de Rui Carita, e Levadas da Madeira – Antologia Literária, obra coordenada por Thierry Proença dos Santos, com fotografia de Francisco Correia e prefácio de Nelson Veríssimo.

A obra História da Madeira, de Rui Carita, reúne os seis volumes publicados entre 2014 e 2020 pela Imprensa Académica. Este volume único consolida o vasto trabalho do autor, que começou a ser publicado em 1989, sob chancela da então Secretaria Regional da Educação, Juventude e Emprego. A republicação feita pela Imprensa Académica optou por uma organização cronológica, abrangendo a história da Madeira desde o século XV, com o povoamento inicial da ilha, até ao final do século XX, marcando a conquista da liberdade democrática e da autonomia política. O objetivo desta consolidação foi facilitar o acesso a uma obra monumental, mantendo a profundidade e rigor do conteúdo original, mas num formato mais acessível e compacto.

O autor, Rui Carita, professor catedrático aposentado de Arte e Design da Universidade da Madeira, é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho em investigação, conservação de património e ensino. Coordenou diversos projetos científicos e editoriais, incluindo trabalhos relacionados com património cultural dos Açores, Canárias e Cabo Verde, e é autor de cerca de 50 livros e catálogos, além de centenas de roteiros, artigos e comunicações em várias línguas. Entre as suas publicações de destaque encontra-se esta coleção que celebra o 6.º centenário do descobrimento das ilhas do Porto Santo e da Madeira.

À conversa com… Carla Baptista

Com a concessão ao infante D. Henrique da prerrogativa de fundar igrejas e mosteiros—gozando do privilégio do Padroado quanto à escolha e envio de clérigos regulares e seculares para a

História da Madeira de Rui Carita será apresentada, a 1 de fevereiro, na ilha de Jersey e no dia seguinte, 2 de fevereiro, em Londres, na Embaixada de Portugal.

Já a obra Levadas da Madeira – Antologia Literária é uma um coleção de textos que reúne histórias, registos e memórias centrados nas emblemáticas levadas madeirenses, maravilhosamente ilustradas por fotografias das levadas, da Laurissilva e das comunidades locais da Madeira. Organizada por Thierry Proença dos Santos, investigados e antigo professor da Universidade da Madeira, a obra combina textos literários de autores Ferreira de Castro, Horácio Bento de Gouveia e Irene Lucília de Andrade, com fotografias de Francisco Correia, criando um diálogo entre as linguagens verbal e visual. Nesta edição de dezembro de 2024, a Imprensa Académica, oferece-nos um novo formato de capa dura, que inclui um texto inédito de Valter Hugo Mãe. A antologia oferece uma experiência estética rica, convidando os leitores a um itinerário cultural e sensível pelas paisagens e simbolismo das levadas.

Esta obra será apresentada no dia 8 de fevereiro, o Scalabrini Centre, em Londres, entidade pertencente à Arquidiocese católica de Southwark e mantida pelos padres Missionários de São Carlos Borromeu. Trata-se de um espaço ligado às comunidades portuguesa, italiana e filipina na grande Londres.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Stanley Dai.

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