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85 milhões de euros até 2030 para parcerias com universidades norte-americanas

85 milhões de euros até 2030 para parcerias com universidades norte-americanas

As parcerias científicas entre Portugal e universidades norte-americanas, renovadas até 2030, representam um investimento de 85 milhões de euros para fomentar inovação, formação avançada e desenvolvimento tecnológico em áreas estratégicas.
Sather Tower, no campus da Universidade da California, Berkeley (EUA).

As parcerias científicas entre Portugal e universidades norte-americanas, renovadas recentemente, representarão um investimento total de 85 milhões de euros até 2030. Este esforço financeiro, aprovado em Conselho de Ministros em dezembro de 2024, envolve as instituições Carnegie Mellon University (CMU), Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e Universidade do Texas em Austin (UT Austin), com um orçamento de 28 milhões de euros para cada uma, além de 600 mil euros adicionais destinados à Universidade da Califórnia em Berkeley. “Este reforço é particularmente significativo para o programa UT Austin-Portugal”, que contará com um aumento de 8,7 milhões de euros face ao período anterior.

Criados em 2006, estes programas têm como objetivo fortalecer a formação de doutorados portugueses e o desenvolvimento de áreas tecnológicas estratégicas, como a supercomputação e a engenharia aeroespacial. Os resultados incluem a criação de empresas de sucesso internacional, como a Feedzai e a Unbabel. Contudo, “ainda há incertezas sobre os moldes e detalhes exatos das parcerias renovadas”, já que a formalização dos acordos com as universidades norte-americanas está pendente.

Os próximos anos serão desafiantes para a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), dado o corte de 68 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2025. Apesar disso, espera-se um aumento gradual do financiamento destas parcerias, atingindo um pico de 15,9 milhões de euros em 2028. “A resolução publicada em Diário da República destaca prioridades como alterações climáticas, saúde e inteligência artificial”, mas as mudanças no modelo de governação e monitorização das parcerias ainda não foram definidas.

Por fim, a quarta fase deste programa promete inovação e empreendedorismo, com a reativação do programa de aceleração Inres no CMU-Portugal e a criação de um novo instrumento de apoio no UT Austin-Portugal. Especialistas sugerem uma maior eficácia na fiscalização e o regresso de um responsável pelas parcerias científicas na FCT, para assegurar uma gestão mais eficiente. Contudo, “o impacto destas medidas só poderá ser avaliado após a formalização dos novos acordos”.

Luís Eduardo Nicolau
Com Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Janet Ganbold.

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