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União Europeia avança com constelação de satélites para competir com a Starlink

União Europeia avança com constelação de satélites para competir com a Starlink

A União Europeia lança o projeto IRIS², uma constelação de satélites de 10.600 milhões de euros, para reforçar a soberania digital e competir com a Starlink de Elon Musk.

A Comissão Europeia anunciou a adjudicação de um programa de 10.600 milhões de euros destinado à criação da constelação de satélites IRIS², uma resposta estratégica ao domínio da Starlink, de Elon Musk, e a outras redes comerciais emergentes. Este projeto contempla a colocação de mais de 280 satélites em órbitas baixas e médias, com o objetivo de fornecer uma base encriptada para comunicações governamentais e novas soluções comerciais na União Europeia.

Josef Aschbacher, diretor-geral da Agência Espacial Europeia, destacou que a iniciativa é crucial para garantir comunicações seguras e rápidas num contexto geopolítico cada vez mais complexo. Além disso, o projeto é visto como um meio de reforçar a soberania digital da Europa, ao mesmo tempo que promove a competitividade no setor espacial e cria empregos. Contudo, enfrenta desafios significativos, como a saída de fabricantes importantes do consórcio original e atrasos no financiamento, que ameaçam o progresso tecnológico e o cronograma previsto para 2030.

30 anos depois do PoSAT-1, Portugal volta às grandes iniciativas espaciais

O PoSAT-1 marcou um marco significativo na história espacial de Portugal, pois foi o primeiro satélite do país a entrar em órbita em 25 de setembro de 1993. Um porto espacial, voos suborbitais e construção de satélites. No 30º aniversário do satélite português, a ministra da Ciência apontou para o futuro.

O IRIS² integra-se numa estratégia mais ampla da União Europeia no domínio espacial, que inclui o sistema de navegação Galileu e o programa de observação terrestre Copérnico. No entanto, a sua implementação ocorre num mercado pressionado pela rápida expansão da Starlink e do Kuiper, da Amazon, que oferecem serviços de Internet em regiões remotas. A sobrevivência deste projeto dependerá da cooperação europeia e da superação de obstáculos económicos e tecnológicos.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Luca Nicoletti.

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