Portugueses com ensino superior têm salários 49% mais altos do que os com ensino secundário completo

Portugueses com ensino superior têm salários 49% mais altos do que os com ensino secundário completo

Um recente relatório da Fundação José Neves revelou resultados conclusivos entre os dados da educação e da empregabilidade em Portugal, destacando que quem termina o ensino superior aufere salários 49% superiores com os que completam apenas o ensino secundário.

Publicado na sexta-feira 11 de julho,  sob o título Estado da Nação, o relatório de 2024 “traça um retrato sobre o estado da Educação, Emprego e Competências em Portugal referente ao ano de 2023, apresentando metas aspiracionais para 2040” refere a página da Fundação José Neves, responsável pelo estudo.

A Fundação destaca, entre outros, a importância das qualificações académicas na trajetória salarial dos portugueses, visto que o documento se foca “no impacto positivo da educação no emprego e nos salários”. Este dado sublinha não apenas a valorização contínua do ensino superior, mas também a crescente procura do mercado por competências especializadas e avançadas na hora de selecionar candidatos a empregos.

Embora o relatório tenha revelado um aumento ligeiro na taxa de emprego entre os recém-formados, em comparação com o ano anterior, houve uma preocupante diminuição no número de jovens adultos que completaram o ensino superior em relação a 2022. Este declínio aponta para desafios persistentes na formação de capital humano qualificado e na adequação da oferta educativa às necessidades do mercado de trabalho, questões abordadas pela ACADÉMICA DA MADEIRA e a TSF Madeira 100FM, com o empresário Márcio Nóbrega e o investigador da UMa Luiz Pinto Machado, no segundo episódio do PEÇO A PALAVRA.

Os estudantes falaram de empregabilidade

No segundo episódio do PEÇO A PALAVRA o painel debateu o futuro profissional dos jovens, com o empresário Márcio Nóbrega e o investigador Celso Nunes. A procura de emprego, as entrevistas de trabalho, a progressão na carreira, o ambiente laboral foram outras temáticas tratadas.

Outro ponto destacado no relatório da Fundação José Neves é o crescente “impacto da digitalização e da Inteligência Artificial na composição do trabalho, equacionando o aparecimento de um novo mercado de trabalho português”. Setores como tecnologia e finanças, bem como empresas mais digitalizadas, estão especialmente expostos à automação, o que está a redefinir as competências requeridas pelos profissionais.

Os especialistas da Fundação indicam a conquista de terreno por parte do setor digital beneficia os graduados com formação superior e especialização em áreas tecnológicas, reforçando ainda mais a importância do ensino superior na era digital. O relatório também sublinha a crescente procura pelo Ensino Profissional, especialmente em cursos nas áreas tecnológicas e digitais, que têm desempenhado um papel vital em suprir as necessidades do mercado de trabalho moderno.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Noémi Macavei-Katócz.

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