HISTORY TELLERS apresenta o seu trabalho em Glasgow

HISTORY TELLERS apresenta o seu trabalho em Glasgow

O programa de visitas culturais e educativas da ACADÉMICA DA MADEIRA, criado em 2014, vai até Glasgow, na Escócia, para apresentar o seu trabalho na conferência da Federation of European Storytelling.
Ismael Da Gama e Tiago Caldeira Alves participam no congresso do FEST, em Glasgow (junho de 2024), apresentando o programa HERANÇA MADEIRENSE, com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, através do prémio Caixa Social 2023.

Depois de vencer o prémio Caixa Social de 2023, sendo um dos 36 vencedores, entre 777 projetos, a equipa do HISTORY TELLERS apresenta o seu trabalho perante a Federation of European Storytelling (FEST). O HISTORY TELLERS é, desde 2016, parte do programa HERANÇA MADEIRENSE que, anualmente, promove eventos culturais para milhares de participantes de todo o mundo.

Há algumas semanas, o circuito “HISTORY TELLERS: Funchal Cultura Viva”, criado pela ACADÉMICA DA MADEIRA com a Associação Teatro Bolo do Caco, foi distinguido com o prémio Boas Práticas Associativismo Jovem, promovido pelo Instituto Português de Desporto e Juventude. O novo circuito, composto pela visita encenada, será um dos programas que os participantes do FEST irão conhecer através de um seminário sobre o trabalho que a ACADÉMICA DA MADEIRA desenvolve com os turistas e as escolas da região.

Estudos feitos, em outubro de 2015, para o desenvolvimento da imagem do programa HERANÇA MADEIRENSE, apresentado em fevereiro de 2016. A imagem foi criada por Pedro Pessoa, a partir de um conjunto de proposta estudadas pela equipa da ACADÉMICA DA MADEIRA.

Conforme a Federação Europeia explica, a arte de contar histórias é milenar, considerada uma arte primordial, a base de toda comunicação, imaginação e criatividade. Possui fortes ligações com a literatura, com a cultura popular e folclórica, com o património. É uma homenagem à língua materna, às línguas estrangeiras, ao diálogo intercultural. As narrativas estão por toda parte, em muitos setores artísticos e socioculturais surgem as palavras contar histórias e narrativas. Como se diz, todos têm “uma história para contar”. Assim, a narração oral de histórias como “o mestre das narrativas” tem muito a oferecer a estes meios de comunicação e sectores, e eles, em troca, oferecem novos suportes e interfaces para os contadores de histórias.

A FEST, em colaboração com o The Village Storytelling Centre, da Escócia, o Adverse Camber, de Inglaterra, a comunidade de storytelling do País de Gales e a Armstrong Storytelling Trust, da Irlanda do Norte, anunciou a sua conferência anual de 2024, que terá lugar em Glasgow, no Reino Unido, no final de junho. A organização do evento, destaca que “de personalidade calorosa, amigável e contemporânea”, a cidade de Glasgow é um local rico “em histórias e um ótimo lugar para todos nos reunirmos para explorar a identidade e a linguagem através da narração de histórias”.

Hoje é dia de Celebrar Portugal com as Artes, a Cultura e a História

A 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o grupo de estudantes “Compartilhando Culturas” realiza uma atividade especial para promover a valorização da cultura e da história regionais. A atividade consiste na visita orientada “Funchal: Cultura Viva”, que integra o programa HERANÇA MADEIRENSE, promovido pela ACADÉMICA DA MADEIRA. Em julho, há novas visitas agendadas.

Durante três dias, o Centre for Contemporary Arts (CCA) da cidade escocesa recebe mais de cem participantes para o encontro anual da Federação Europeia que reúne os profissionais do setor dos contadores de histórias. Quando o The Third Eye Centre fechou em 1991, o Centre for Contemporary Arts foi criado no local. As primeiras exposições – Dead Slow de Narelle Jubelin e a primeira exposição individual de Tracey Moffatt, no Reino Unido – foram inauguradas a 1 de maio de 1992, juntamente com uma festa do Mayfest.

Na atualidade, o Centre for Contemporary Arts é o centro artístico de Glasgow. Como indicam os promotores, o Centro organiza “um programa, durante todo o ano, de exposições, de eventos, de filmes, de música, de literatura, de oficinas, de festivais e de performances. No centro de todas as atividades está o desejo de trabalhar com artistas, encomendar novos projetos e apresentá-los ao maior público possível”. Na temporada 2019-2020, o CCA trabalhou com 256 parceiros de programa em 1.304 eventos e 28 festivais.

O percurso HISTORY TELLERS: Funchal Cultura Viva, com a participação do Teatro Bolo do Caco, integra o programa HERANÇA MADEIRENSE, promovido desde 2016 pela ACADÉMICA DA MADEIRA.

O FEST é uma rede internacional de organizações, de redes e de associações ativas no domínio da narração oral, o chamado storytelling. Atualmente, a federação é composta por 99 membros, em 28 países diferentes, que representam organizações nacionais, regionais ou locais, como associações profissionais de contadores de histórias, organizadores de festivais, centros de formação em contação de histórias, autoridades locais, academias, faculdades, universidades, centros culturais ou bibliotecas, todos com especial interesse na oralidade do storytelling. Atualmente, os belgas Patrick Cornelissen e Guy Tilkin, do centro cultural Landcommanderij Alden Biesen, são os líderes da direção do FEST.

A conferência anual do FEST incluirá um programa diversificado de palestras, de seminários, de discussões informais em grupos e eventos sociais. O evento arranca a 25 de junho com uma recepção aos participantes na Câmara Municipal da cidade de Glasgow, um dos edifícios mais prestigiados da região, localizado na icónica George Square. O local, como explicou a organização, é palco de muitos eventos musicais, reuniões políticas, protestos e até apareceu em vários filmes de Hollywood nos últimos anos. Seguem-se dois dias de trabalho, com dezenas de apresentações e discussões, várias delas em paralelo.

Os circuitos do HISTORY TELLERS foram criados pela ACADÉMICA DA MADEIRA em 2014.

A Federation of European Storytelling promove “a mobilidade de ideias e as colaborações dentro e fora da Europa, ao oferecer mecanismos de partilha, de aprendizagem, de defesa e de construção de relacionamentos, e pretende capacitar o mundo da narração de histórias”.

Carlos Diogo Pereira
Com Luís Eduardo Nicolau
ET AL.
Com fotografias de Henrique Araújo (topo) e Pedro Pessoa (corpo do artigo).

Palavras-chave