SOMENTE PALAVRAS, de Luísa Sardinha, constitui-se por cinquenta poemas escritos entre 2001 e 2022 e tem como tema o amor nos seus variados sentidos, refletindo as vivências, emoções e sentimentos da autora.
DE MIM PARA TI de João Gonçalves, ilustrado por Joana Fernandes
O livro de poesia DE MIM PARA TI, de João Gonçalves, ilustrado por Joana Fernandes, foi lançado em fevereiro, no Colégio dos Jesuítas do Funchal. Uma edição da CADMUS, parte da oferta editorial da ACADÉMICA DA MADEIRA.
VICENTE JORGE SILVA com o Alto Patrocínio da Presidência da República
A 12 de julho, o Teatro Municipal de Baltazar Dias recebeu a sessão de lançamento do terceiro biografado na coleção VIDAS
Profissional da área da Educação e antiga estudante da Universidade da Madeira, a poetisa madeirense Luísa Sardinha é a autora desta obra inédita editada pela CADMUS.
Conte-nos um pouco sobre como surgiu a sua paixão pela escrita e, em particular, pela poesia.
Desde criança que o mundo dos livros sempre me cativou. Passava grande parte do meu tempo livre a ler. Tudo isso fez com que, já adolescente, apreendesse o mundo à minha volta e os livros que lia através da escrita do meu diário.
Já na universidade, e depois de ler vários poetas, como a Florbela Espanca, Pablo Neruda, Fernando Pessoa… fascinou-me o mundo lírico e comecei a escrever espontaneamente textos poéticos.
A sua formação inicial foi na área das línguas e literaturas, mas depois fez uma pós-graduação na área da animação de bibliotecas escolares e das ciências documentais. Como vê a relação entre o seu trabalho e a sua criação literária?
O facto de trabalhar todos os dias num ambiente literário e de fazer a dinamização do livro e da leitura para o público jovem, junto com as minhas vivências pessoais, faz com que tudo isto me desperte a criatividade e a necessidade de escrever, trazendo cá para fora todo esse mundo.
Aventurou-se também pela narrativa, com um conto de Natal. Fale-nos um pouco sobre esta experiência.
Escrever um conto foi uma experiência enriquecedora que me levou à redescoberta da infância quer através das histórias que ouvia, quer das histórias que eu lia, sendo que a minha escrita não se cinge a um único género, mas é transversal à poesia e ao conto infantil.
Como vê a poesia na Madeira, sobretudo escrita por mulheres?
Desde há uns para cá, tenho assistido a uma crescente produção literária na área da poesia, quer através de antologias poéticas coletivas, quer individuais. No entanto, acho que a produção poética feminina e masculina está mais ou menos equilibrada.
Ao longo do tempo, notou-se uma evolução na expressão poética feminina e sensual do amor, aspeto reprimido até ao 25 de Abril.
Entrevista conduzida por Timóteo Ferreira.
ET AL.
Com imagem do livro com design gráfico de Pedro Pessoa.