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Quartos para estudantes atingem valores recorde

Quartos para estudantes atingem valores recorde

O preço médio dos quartos no setor privado ultrapassou os 400 euros, tornando-se um obstáculo para milhares de candidatos ao ensino superior em Portugal.

Apesar do aumento da oferta, o preço médio dos quartos para estudantes no setor privado atingiu os 415 euros mensais, ultrapassando pela primeira vez os 400 euros desde que há registo do Observatório do Alojamento Estudantil. Em Lisboa, o valor médio chega aos 500 euros, bem acima dos 280 euros em cidades como Viseu ou Beja. No Funchal, o preço médio por quarto é o segundo mais alto do país, situando-se numa média de 465 euros. Várias estruturas associativas alertam para o impacto directo nas escolhas dos estudantes e defendem a criação urgente de um parque público de habitação que ajude a regular o mercado.

O problema é agravado pela prevalência do mercado paralelo, onde muitos senhorios não passam recibos, impedindo os estudantes de acederem aos apoios existentes. Apesar da existência de residências públicas, estas continuam insuficientes face ao número de deslocados, e as bolsas de estudo não cobrem as despesas básicas. A reforma da ação social está prometida, mas adiada, e os estudantes exigem medidas imediatas para corrigir desigualdades cada vez mais gritantes no acesso ao ensino superior.

Candidaturas ao ensino superior recuam face a 2024

Nos primeiros cinco dias do concurso nacional de acesso ao ensino superior, candidataram-se quase 29 mil estudantes, uma queda superior a 4 mil candidatos, apesar de haver este ano um número recorde de vagas disponíveis.

A Universidade da Madeira (UMa) tem avançado com um ambicioso programa de expansão do alojamento estudantil financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sob a égide do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior. A intervenção mais significativa deveria ocorrer na Quinta de São Roque, onde uma construção modular inovadora dará origem a uma nova residência com cerca de 180 camas adicionais, quase duplicando a capacidade da UMa até 2026. Contudo, as obras previstas ainda não tiveram início.

Paralelamente, está em curso a requalificação da Residência localizada na Rua de Santa Maria, com modernização das atuais 209 camas, e a adaptação de um edifício histórico na Rua da Carreira, para oferecer 25 novas camas, totalizando cerca de 434 camas disponíveis, até dezembro de 2026.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Zulian Firmansyah.

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