Em 2024, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) atingiu um marco histórico ao executar 833,3 milhões de euros, valor nunca antes alcançado. Segundo o Público, este recorde foi possível graças a um reforço orçamental de 187 milhões de euros no final do ano, destinado ao pagamento de dívidas e despesas previstas para 2025. “Mesmo sem este reforço, o valor executado teria sido um recorde, situando-se em 646 milhões de euros, bastante acima dos 618,1 milhões registados em 2022”, destaca o jornal.
A execução financeira contou com investimentos significativos em áreas como bolsas de doutoramento (185,3 milhões de euros) e transferências para centros de investigação (171 milhões). O gabinete do Ministro da Educação, Ciência e Inovação referiu ainda que “para estes aumentos contribuiu também uma melhor execução de fundos europeus”. Este reforço financeiro permitiu também saldar dívidas aos centros de investigação, que totalizavam 98,7 milhões de euros em junho de 2024.
Associações Académicas em novo encontro com a ministra Margarida Balseiro Lopes
Ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, e o Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, convocaram o movimento associativo estudantil para segunda reunião com o XXIV Governo Constitucional.
Estudantes com mais apoio da ação social
Aumento do acesso ao ensino superior, combate ao abandono e promoção do sucesso escolar são os principais objetivos das alterações ao
Apesar dos avanços, o orçamento da FCT para 2025 sofreu um corte significativo de 68 milhões de euros, fixando-se nos 607 milhões, o valor mais baixo desde 2018. O ministro Fernando Alexandre garantiu ao Público que está a trabalhar para “melhorar as condições de financiamento da ciência em Portugal” e a explorar fontes de financiamento europeias e nacionais para colmatar esta lacuna.
A comunidade científica, no entanto, mantém preocupações sobre o futuro, nomeadamente devido ao fim de contratos de investigadores e à falta de financiamento para novos projetos nos últimos dois anos. Estes desafios colocam em evidência a necessidade de continuidade no investimento em ciência, como estratégia para assegurar a competitividade e a inovação em Portugal.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Michael Schiffer.