O Colégio dos Jesuítas do Funchal acolheu ontem um sarau de fados promovido pela ACADÉMICA DA MADEIRA, onde o grupo FATUM cativou o público com canções tradicionais de Coimbra e Lisboa, homenageando o património musical português. O evento celebrou a herança universitária e proporcionou uma experiência envolvente, com interpretações que exploraram a riqueza da cultura musical nacional.
O espetáculo iniciou-se com a “Canção das Lágrimas”, típica de Coimbra, seguida por temas como “Tenho Barcos, Tenho Remos” e “Trova do Vento que Passa”, uma conhecida canção de protesto de Manuel Alegre. Em memória de Carlos Paredes, a peça instrumental “Dança Palaciana” foi interpretada com guitarra clássica e guitarra portuguesa, destacando a importância deste ícone na música portuguesa.
FATUM: como tudo começou
A ET AL. entrevistou Luís Eduardo Nicolau, Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA quando foi criado os FATUM, em 2010. A entrevista integra um ciclo de três conversas sobre o passado e a atualidade do grupo de fados da ACADÉMICA DA MADEIRA.
10.º aniversário dos FATUM
Os FATUM – Grupo de Fados da ACADÉMICA DA MADEIRA sobem ao palco do Baltazar Dias para comemorar uma década de
Zeca Afonso também marcou presença no repertório com “Balada de Outono”, expressando poeticamente a passagem do tempo. O alinhamento incluiu ainda o clássico “Foi Deus”, imortalizado por Amália Rodrigues, e “Coimbra Menina e Moça”, uma ode ao amor e à saudade, sentimentos que ecoam na vida universitária em Coimbra.
O sarau encerrou-se com a simbólica “Balada de Despedida” do 6.º Ano Médico de 1958-1959, mantendo a tradição das despedidas académicas e reforçando o elo entre o fado e o espírito estudantil. O evento teve, ainda, um cariz solidário, ao incentivar donativos para apoiar os estudantes da Universidade da Madeira nas suas necessidades essenciais, unindo a música a uma causa social.
O próximo evento acontece dia 23 de novembro, sábado, às 21:00, no Colégio dos Jesuítas do Funchal.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Pedro Pessoa.