O debate “Prevenção de Fraudes Digitais – Impacto da Literacia Financeira nos Jovens” marcou as celebrações da Semana da Formação Financeira 2024 e o Dia Mundial da Poupança, assinalado a 31 de outubro. Realizado na Universidade da Madeira, o evento foi organizado pela Direção Regional da Cidadania e Assuntos Sociais em parceria com a Direção Regional da Juventude. A iniciativa reuniu vários oradores e procurou sensibilizar os jovens para a importância do consumo responsável e para os riscos das transações digitais.
O Vice-Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA, Tiago Caldeira Alves, foi um dos oradores do evento. O dirigente referiu que “cada vez mais, é importante que os jovens tenham mais literacia financeira. Embora os jovens portugueses estejam na média da OCDE, de acordo com o último estudo do PISA, devem de ter uma formação melhor na área do conhecimentos financeiros, não só para ajudar a prevenir fraudes digitais, mas também para ajudar na sua adaptação quando chegam à vida adulta. Associados aos conhecimentos financeiros devem de estar os conhecimentos digitais”.
A evolução exponencial da tecnologia, no entender de Tiago Caldeira Alves “é muito benéfica para a sociedade e permite-nos ter acesso a muitos meios com muita facilidade, mas também aumenta a probabilidade de sermos mais vulneráveis a possíveis fraudes digitais. Por isso os nossos jovens devem de ter conhecimentos de boas praticas nos meios digitais, que servem como um complemento aos conhecimentos financeiros”.

Um modelo de financiamento longe do necessário
Mensalmente, a ACADÉMICA DA MADEIRA tem um espaço de opinião no JM Madeira. Ricardo Freitas Bonifácio, Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA, escreve este mês sobre o modelo de financiamento para o ensino superior, apresentado este verão pela tutela.

O associativismo e a juventude
Hoje, às 16:00, há emissão em direto do PEÇO A PALAVRA. O médico João Pedro Vieira, antigo dirigente associativo, fala sobre
Em Portugal, a discussão sobre literacia financeira tem ganhado cada vez mais relevância, especialmente perante o aumento das transações digitais e o risco de fraudes eletrónicas. Diversos organismos, como o Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, têm vindo a reforçar iniciativas que visam educar a população sobre a importância de uma gestão financeira informada e consciente. O foco tem sido, particularmente, os jovens, que, apesar da sua familiaridade com a tecnologia, precisam de mais conhecimento sobre como proteger-se de esquemas fraudulentos e gerir adequadamente os seus recursos financeiros.
O debate integra-se no Programa Regional de Educação e Inclusão Financeira, promovido desde 2022 pela Secretaria Regional de Inclusão, Trabalho e Juventude (SRITJ). Em dois anos, o projeto já alcançou 2.200 madeirenses, tendo sido apresentado oficialmente em 10 concelhos, como o Funchal, Câmara de Lobos e Porto Santo, entre outros. A iniciativa conta com o apoio de entidades como o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.
A secretária regional Ana Sousa destacou que o programa promove o conhecimento de conceitos financeiros básicos, a gestão adequada do orçamento familiar, e o reforço das competências digitais dos consumidores. A formação visa preparar os cidadãos para tomar decisões financeiras informadas, aumentando a sua segurança e consciência na utilização de serviços digitais.

Propinas mantêm-se congeladas em 2025
A decisão, que põe fim a semanas de especulação, tranquiliza os estudantes, que temiam o descongelamento das propinas. A ACADÉMICA DA MADEIRA já tinha apresentado a sua oposição a qualquer aumento.

Universidade da Madeira: breve balanço de 2013-14
O ano de 2013-14 foi difícil, a começar, desde logo, por todos nós, docentes, funcionários não docentes e alunos, termos visto
Em Portugal, a literacia financeira tem sido monitorizada através de estudos como o 4.º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa, realizado em 2023 pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. O país ocupa a 13.ª posição entre 39 países no indicador global de literacia financeira, com uma pontuação de 63 pontos em 100, “semelhante à média da OCDE”. O desempenho é positivo nas “atitudes e comportamentos financeiros”, mas fica aquém nos “conhecimentos financeiros”, com apenas 48% dos portugueses demonstrando conhecimentos básicos. Apesar de 97% dos inquiridos possuírem uma conta de depósito à ordem, muitos optam por manter as poupanças nessas contas, revelando uma aplicação limitada em produtos financeiros mais diversificados, o que sublinha a necessidade de “reforçar a educação financeira no país”.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Pedro Pessoa.