Plantação no Parque Ecológico promove sustentabilidade e envolvimento comunitário

Plantação no Parque Ecológico promove sustentabilidade e envolvimento comunitário

A atividade, parte do projeto PEGADA VERDE da ACADÉMICA DA MADEIRA, visa restaurar o ecossistema com espécies nativas, promovendo sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.

A 20 de março, o Parque Ecológico do Funchal recebeu vários voluntários para uma importante ação de reflorestação, integrada no projeto PEGADA VERDE, uma iniciativa da ACADÉMICA DA MADEIRA com o apoio do Corpo Europeu de Solidariedade. A atividade contou com a participação de estudantes da Universidade da Madeira (UMa), antigos estudantes, membros da comunidade local e voluntários europeus do programa Erasmus+, unidos pelo objetivo de fortalecer práticas sustentáveis e de preservação ambiental.

A ação de plantação teve como foco o replantio de espécies nativas, em áreas previamente devastadas por incêndios e erosão. Para muitos dos participantes, foi uma oportunidade de contribuir de forma tangível para a restauração do ecossistema local e de aprender sobre a importância das florestas para a biodiversidade e a qualidade ambiental da região. Os estudantes da UMa destacaram a relevância de iniciativas como esta, que conectam a academia e a comunidade através de causas ambientais urgentes.

O projeto PEGADA VERDE, aprovado pela Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Ação, surge como um esforço contínuo da ACADÉMICA DA MADEIRA para promover a responsabilidade ambiental no campus universitário e nas comunidades envolventes. Uma das suas metas inclui a criação de um portal eletrónico para monitorizar os consumos de energia elétrica, de água e de gás natural da universidade, permitindo a todos os membros da academia acompanhar e reduzir a sua pegada ecológica.

O que é ser voluntário?

Cozinhar uma refeição a quem nem os ingredientes pode comprar, socorrer completos desconhecidos pondo em risco a sua própria vida, oferecer companhia a pessoas que se sentem sós, recolher alimentos

Os voluntários europeus do programa Erasmus+ trouxeram uma dimensão internacional à atividade, partilhando experiências e práticas ambientais dos seus países de origem. Esta colaboração intercultural reforça a importância da solidariedade global em questões ambientais e deixou um impacto positivo tanto nos participantes quanto na comunidade local. “Foi uma experiência enriquecedora ver diferentes culturas unidas por um propósito comum”, afirmou um dos voluntários.

A ACADÉMICA DA MADEIRA tem estado na vanguarda da promoção de iniciativas ecológicas desde 2017, com projetos como o YOU PRINT, WE PLANT. Através destas ações, já foram plantadas milhares de árvores no Parque Ecológico do Funchal, alinhando-se ao compromisso contínuo de transformar a responsabilidade ambiental em parte integrante da vida académica. O evento de plantação de março é mais um marco na caminhada para um futuro mais sustentável e consciente.

A flora da Madeira é composta por uma rica biodiversidade, destacando-se a emblemática floresta Laurissilva, que cobre aproximadamente 20% da ilha e é reconhecida como Património Natural da Humanidade pela UNESCO. Este ecossistema é formado por várias espécies endémicas, como o til (Ocotea foetens), o loureiro (Laurus novocanariensis) e o barbusano (Apollonias barbujana), que são remanescentes de antigas florestas subtropicais que cobriam o sul da Europa há milhões de anos. A ilha também abriga plantas únicas, como a orquídea-da-serra (Dactylorhiza foliosa) e o massaroco (Echium candicans), que fazem da Madeira um destino importante para estudos botânicos e conservação da natureza.

O Parque Ecológico do Funchal não possui Laurissilva em grande extensão, uma vez que este tipo de floresta ocorre principalmente em áreas específicas da ilha da Madeira, a altitudes entre os 300 e 1300 metros, onde as condições de humidade e temperatura são mais favoráveis. No entanto, o parque desempenha um papel crucial na recuperação de áreas degradadas e na promoção da flora nativa, incluindo espécies de Laurissilva plantadas como parte de projetos de reflorestação. O objetivo é restaurar e proteger o ambiente natural da ilha, contribuindo para a conservação das espécies endémicas.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Markus Spiske.

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