SOMENTE PALAVRAS, de Luísa Sardinha, constitui-se por cinquenta poemas escritos entre 2001 e 2022 e tem como tema o amor nos seus variados sentidos, refletindo as vivências, emoções e sentimentos da autora.
Rúben Castro e Manuel Salvador Roldán apresentam VIDAS (DES)CONHECIDAS: VICENTE JORGE SILVA
Um menino que nasceu e cresceu no Funchal e que adorava filmes. Bem poderia começar assim esta história, como em todos os contos para a infância e juventude. O menino Vicente tornou-se jovem e foi correr mundo. O jovem tornou-se adulto e fez-se jornalista. Ainda antes do 25 de Abril de 1974, Vicente Jorge Silva fundou, com amigos, um jornal, o Comércio do Funchal e, a partir daí, já a viver em Lisboa, ajudou a desenvolver vários periódicos nacionais, como o Expresso, e fundou o Público.
Vicente Jorge Silva foi um dos grandes nomes do jornalismo português
A CADMUS apresenta VICENTE JORGE SILVA, de Rúben Castro e Manuel Salvador Roldán, uma obra que foi agraciada com o Alto
Profissional da área da Educação e antiga estudante da Universidade da Madeira, a poetisa madeirense Luísa Sardinha é a autora desta obra inédita editada pela CADMUS.
Conte-nos um pouco sobre como surgiu a sua paixão pela escrita e, em particular, pela poesia.
Desde criança que o mundo dos livros sempre me cativou. Passava grande parte do meu tempo livre a ler. Tudo isso fez com que, já adolescente, apreendesse o mundo à minha volta e os livros que lia através da escrita do meu diário.
Já na universidade, e depois de ler vários poetas, como a Florbela Espanca, Pablo Neruda, Fernando Pessoa… fascinou-me o mundo lírico e comecei a escrever espontaneamente textos poéticos.
A sua formação inicial foi na área das línguas e literaturas, mas depois fez uma pós-graduação na área da animação de bibliotecas escolares e das ciências documentais. Como vê a relação entre o seu trabalho e a sua criação literária?
O facto de trabalhar todos os dias num ambiente literário e de fazer a dinamização do livro e da leitura para o público jovem, junto com as minhas vivências pessoais, faz com que tudo isto me desperte a criatividade e a necessidade de escrever, trazendo cá para fora todo esse mundo.
Aventurou-se também pela narrativa, com um conto de Natal. Fale-nos um pouco sobre esta experiência.
Escrever um conto foi uma experiência enriquecedora que me levou à redescoberta da infância quer através das histórias que ouvia, quer das histórias que eu lia, sendo que a minha escrita não se cinge a um único género, mas é transversal à poesia e ao conto infantil.
Como vê a poesia na Madeira, sobretudo escrita por mulheres?
Desde há uns para cá, tenho assistido a uma crescente produção literária na área da poesia, quer através de antologias poéticas coletivas, quer individuais. No entanto, acho que a produção poética feminina e masculina está mais ou menos equilibrada.
Ao longo do tempo, notou-se uma evolução na expressão poética feminina e sensual do amor, aspeto reprimido até ao 25 de Abril.
Entrevista conduzida por Timóteo Ferreira.
ET AL.
Com imagem do livro com design gráfico de Pedro Pessoa.