A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) abrirá, no mês de março, o prazo de candidaturas a bolsas de doutoramento. Este ano existirá um incentivo maior à realização, por parte dos estudantes, dos seus trabalhos em ambiente não-académico ou empresarial. Assim, no passado dia 25 de janeiro, a FCT emitiu um convite aberto a manifestações de interesse por parte de entidades desta natureza que estejam predispostas e interessadas em receber futuros estudantes.
Para tal, a Fundação elaborou um formulário que deve ser preenchido pelas entidades, com informações como a área de intervenção e local onde se realizariam os trabalhos.
“A Fundação para a Ciência e a Tecnologia emitiu um convite aberto a manifestações de interesse por parte de entidades privadas”
Como explica a FCT, “as manifestações de interesse apresentadas permitem a identificação, pelos candidatos, de oportunidades de acolhimento para os seus planos de investigação em entidades não académicas”. Contudo, também nota que os candidatos não terão de se restringir à lista que está a ser criada, sendo que “poderão apresentar, nesta linha de financiamento, candidaturas em outras áreas e com outras entidades”.

A (in)utilidade das teses
De acordo com a Infopédia (2011), um mestrado é o “grau académico do ensino superior que […] é conferido a quem conclui o segundo ciclo de estudos”, um doutoramento é “[…] conferido a quem conclui o terceiro ciclo de estudos” e uma tese é o “trabalho original escrito para obtenção

Estudantes continuam a pagar taxas de entrega das teses que podem chegar aos 725 euros
Em abril, a Assembleia da República chumbou o diploma que previa o fim das taxas de admissão a provas de doutoramento.
O comunicado termina com um alerta para as instituições que acolhimento que aceitarem alunos de doutoramento nas suas instalações, salientado que “estas bolsas de doutoramento implicam um compromisso de cossupervisão da execução do plano de trabalhos nas respetivas instituições de acolhimento. Este instrumento de financiamento não envolve custos para as entidades que adiram ao programa, sejam académicas ou não académicas”.
Gonçalo Nuno Martins
ET AL.
Com fotografia do National Cancer Institute.