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O glúten na alimentação

Muitos são aqueles indivíduos saudáveis que iludidos pela crença de que esta proteína presente em alguns cereais está na origem do excesso de peso ou até da “retenção de líquidos”, acabam por restringir ou eliminar o glúten da sua alimentação.

Convém salientar que só justifica fazer esta eliminação em doente celíacos ou outros indivíduos com intolerância ao glúten – sensibilidade ao glúten não celíaca, ou até em determinas patologias crónicas autoimunes, situações que requerem um diagnóstico médico, sem o qual, não justifica fazer esta restrição.

Existindo essa necessidade de restrição, a alimentação deve sempre ser estruturada pelo seu Nutricionista, pois iniciar uma dieta sem glúten, sem o devido acompanhamento, pode acarretar carências de certos nutrientes como fibras, vitaminas e minerais, tão fundamentais para o normal funcionamento do organismo.

Por outro lado, temos de ter consciência que muitos produtos sem glúten, para além de serem mais caros, até são muito calóricos, e podem ter muito açúcar e gordura. Nestes casos, a sua ingestão até pode levar ao aumento de peso se essa ingestão energética for superior aos gastos, e ainda contribuir para uma ingestão excessiva de açúcar e de gordura.

Para além disso, não se justifica ficar refém de alimentos industrialmente processados denominados glúten free, quando temos a batata, a batata doce, o arroz, a quinoa, entre outros, facilmente disponíveis e que até poderão ser melhores opções.

Enfim, uma alimentação sem glúten… só mesmo para quem precisa!

Bruno Sousa
Nutricionista

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