O cinema de Vicente Jorge Silva

Desde tempos imemoriais que os temporais no Atlântico obrigam viajantes a parar numa calma ilha que, por essa razão, se chama Porto Santo. Perto da Madeira, é neste local que se cruzam os destinos de uma mulher e um homem.

Devido a uma tempestade um avião é obrigado a aterrar de emergência no Porto Santo. A bordo seguia uma bela fotógrafa que se deixa fascinar pela deslumbrante ilha atlântica de que nunca ouvira falar mas com a qual descobre ter uma profunda e inesperada afinidade. Por essa altura, também trazido pela tempestade, regressa à ilha um navegador solitário. Porto Santo continua a ser, desde os tempos de Cristóvão Colombo, um local de encruzilhada e de cruzamento de destinos e viajantes.

As sombras da educação iraniana

Neste documentário, Abbas Kiarostami questiona vários estudantes sobre os seus trabalhos de casa escolares. As respostas de algumas crianças revelam o lado mais sombrio do método de educação iraniano.

Vicente Jorge Silva nasceu no Funchal, em 1945, na casa que acolhe atualmente o Museu de Fotografia da Madeira, na rua da Carreira. Descendente de fotógrafos, cresceu rodeado de câmaras e desde muito jovem se interessou por cinema, chegando a escrever crítica cinematográfica para jornais funchalenses ainda nos tempos de liceu. Devido a problemas com a ditadura, viveu em França e no Reino Unido onde esteve para estudar cinema, ideia de que foi obrigado a desistir por o consulado português lhe ter negado o visto de permanência. No Funchal, assumiu a direção do Comércio do Funchal e, já depois do 25 de Abril, é jornalista do Expresso e fundador do Púbico. Além do jornalismo, da edição de periódicos, da fotografia e da escrita, o cinema foi sempre a sua grande paixão e Porto Santo é a sua longa-metragem de destaque, numa homenagem à ilha que constituiu a sua primeira viagem para fora da Madeira.

Com um elenco de peso, que inclui Leonor Silveira, Ana Zanatti, Carlos Madeiros e Beatriz Batarda, Porto Santo de Vicente Jorge Silva é a sugestão do Screenings Funchal e da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, numa parceria com os Cinemas NOS e a ACADÉMICA DA MADEIRA, para sábado, 10 de fevereiro.

Amor sob a Santa Cruz

No final do século XVI, quando o cristianismo vindo do Ocidente foi proscrito no Japão, a Senhora Ogin apaixona-se pelo samurai Ukon Takayama, que é um devoto cristão. O guerreiro recusa os seus avanços, preferindo dedicar-se à sua fé, e Ogin acaba por casar com um homem que não ama.

O cliente NOS, portador do seu cartão, tem direito a dois bilhetes pelo preço de um. Se for sozinho, além do bilhete, tem a oferta de um menu pequeno de pipocas e bebida. Vamos aproveitar estas vantagens com mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona.

Convidamos a assistir esta longa metragem com a nossa companhia. Até lá, confira o que lhe contamos no portal do Screenings Funchal.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotograma da película de Vicente Jorge Silva.