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Exames voltam a contar mais para a média e acesso ao superior, mas com maior flexibilidade

Exames voltam a contar mais para a média e acesso ao superior, mas com maior flexibilidade

Os exames nacionais recuperam peso na avaliação do ensino secundário e no acesso ao ensino superior, mas com mais opções de escolha para os estudantes.

O modelo de avaliação no ensino secundário está a passar por mudanças significativas, retomando a influência dos exames nacionais na classificação final das disciplinas. Para os alunos do 12.º ano, estas provas voltam a contar 30% da nota, tal como acontecia antes da pandemia. Já os estudantes do 11.º ano terão um peso de 25% nos exames, seguindo as regras aprovadas em 2023, que estão a ser implementadas de forma faseada. Estas alterações refletem um regresso ao modelo anterior, mas com adaptações para equilibrar a avaliação contínua e a importância das provas nacionais.

Para além disso, a estrutura das provas obrigatórias foi ajustada. Agora, os alunos do 10.º e 11.º anos terão de realizar exame nacional a Português e a duas disciplinas específicas do seu curso, ou uma específica e Filosofia. Isto representa uma mudança face ao modelo anterior, que exigia quatro exames para a conclusão do secundário. Outro aspeto importante prende-se com a nova forma de calcular a média final, que passará a ter em conta a duração das disciplinas, atribuindo pesos diferentes consoante sejam anuais, bienais ou trienais.

No que diz respeito ao acesso ao ensino superior, a maior novidade é a valorização dos exames nacionais na nota de candidatura. Anteriormente, as provas podiam contar apenas 35%, mas agora terão um peso mínimo de 45%. Em contrapartida, a classificação final do secundário perde influência, reduzindo-se de 50% para 40%. Além disso, os estudantes terão de realizar pelo menos dois exames como prova de ingresso, ao contrário do que acontecia antes, quando era possível candidatar-se com apenas um.

Outra mudança relevante é a ampliação das opções de exames para candidatura ao ensino superior. Agora, as instituições podem definir até seis combinações diferentes de provas de ingresso, ao invés das três anteriormente permitidas. Esta maior flexibilidade permite que as universidades e politécnicos atribuam pesos distintos às disciplinas, de acordo com a relevância para cada curso. No entanto, esta possibilidade ainda está a ser pouco utilizada pelas instituições para o próximo ano letivo.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Helena Lopes.

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