A ET AL. preparou um especial com artigos sobre a mobilidade europeia, a partir de um relatório da ESN (Erasmus Student Network), uma organização internacional sem fins lucrativos que apoia e representa estudantes internacionais.
Embora o programa Erasmus+ seja amplamente reconhecido pelo seu impacto positivo, o relatório da XV ESNsurvey mostra uma diminuição nos níveis de satisfação dos estudantes. “72,48% dos estudantes expressaram satisfação com as instituições anfitriãs”, uma queda em comparação com a edição anterior. Da mesma forma, “63,88% demonstraram satisfação com as instituições de origem”, sugerindo que ambas as partes podem melhorar os serviços oferecidos.
Uma das áreas que requer atenção é o reconhecimento académico. O relatório aponta que “2,6% dos estudantes relataram que nenhum dos créditos obtidos durante a mobilidade foi reconhecido”, destacando uma desconexão entre as instituições de origem e anfitriãs. Garantir uma melhor coordenação e transparência neste processo é essencial para a confiança no programa.

Uma experiência Erasmus+ atípica
Maribor, a segunda maior cidade da Eslovénia, foi a cidade onde realizei a minha experiência Erasmus+, na qual permaneci por cerca de 5 meses. É verdade que não tive muitas

The (un)importance of age
Age is not as important as you think, there are tons of examples! I have to admit that this is a
Outro ponto central do relatório é a inclusão. Apesar dos esforços da UE para aumentar a diversidade, a participação de estudantes com menos oportunidades continua baixa. “Desde 2021, a Comissão Europeia priorizou a inclusão e a diversidade como pilares-chave do Erasmus+, mas muitos estudantes ainda enfrentam barreiras financeiras e sociais”.
O uso de tecnologias digitais também foi abordado como uma forma de melhorar o programa. Embora ferramentas como o Acordo de Aprendizagem Online tenham sido implementadas, “apenas 22,45% dos respondentes indicaram que os seus procedimentos de mobilidade foram conduzidos online”. Isso demonstra uma oportunidade significativa para a digitalização.
Por fim, o relatório enfatiza o papel das parcerias estratégicas no futuro do programa. Apesar da promoção das European University Alliances, estas iniciativas “não têm sido suficientemente valorizadas pelos estudantes”. Melhorar a comunicação e o engajamento em torno dessas parcerias é essencial para o sucesso futuro. O documento reforça a importância de ouvir os estudantes e de adaptar o programa às suas necessidades. Tornar o Erasmus+ mais inclusivo, digital e eficiente é fundamental para garantir que todos possam usufruir de uma experiência transformadora e enriquecedora.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Antoine Schibler.