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E quando a UMa tiver 25% de madeirenses como estudantes?

E quando a UMa tiver 25% de madeirenses como estudantes?

O tema está a ser falado na Universidade de Edimburgo, mas livre de qualquer discurso de preconceitos sobre estrangeiros ou estudantes oriundos de outras partes do país. A intenção é assegurar uma boa adaptação dos escoceses.
Vista a partir de Calton Hill, em Edimburgo no Reino Unido.

Em 2024, o PEÇO A PALAVRA tratou dos estudantes internacionais. O Reino Unido é uma das nações europeias que conhece bem a realidade dos estudantes estrangeiros dentro das suas comunidades académicas. No sentido oposto, um jornal britânico tratou de como os estudantes locais podem enfrentar problemas quando encontram um cenário hostil aos locais.

Uma reportagem do The Guardian explorou os desafios enfrentados por estudantes escoceses na Universidade de Edimburgo, onde 25% do corpo estudantil é oriundo da Escócia. Shanley Breese, uma estudante de Direito, descreveu o impacto de comentários depreciativos sobre o seu sotaque e a exclusão social em debates que experimentava na Universidade. Sentindo-se alienada, Shanley Breese fundou a Scottish Social Mobility Society, que pretende apoiar estudantes escoceses, muitos deles provenientes de origens socioeconómicas desfavorecidas.

Taxa de sucesso nos projetos da FCT foi de 8,5%

Enquanto os investigadores portugueses experimentam atrasos, problemas de financiamento e precariedade, as taxas de aprovação dos seus projetos, junto da fundação que regula a ciência e a investigação em Portugal, é mais baixa do que noutros Estados da Europa.

A iniciativa surge em resposta à falta de compreensão institucional para com os estudantes escoceses. Freya Stewart, estudante de Antropologia Social e membro do grupo, criticou a insensibilidade dos conselheiros académicos ao ignorarem o modelo educacional escocês, centrando-se no sistema de A-levels das instituições inglesas. Adicionalmente, o artigo indica que as políticas de admissão como o sistema de “flags”, apesar de promoverem diversidade, acentuam desigualdades entre os estudantes escoceses e os de outras origens.

Breese e Stewart também denunciam a resposta “superficial” da universidade às denúncias de classismo, com recomendações consideradas “condescendentes”. As estudantes defendem ações mais robustas para mitigar os microagressões e integrar verdadeiramente os estudantes escoceses no ambiente universitário.

Os FATUM na Torre de Londres

Os FATUM, o grupo de fados da ACADÉMICA DA MADEIRA, passaram pela Torre de Londres, numa atuação privada e pouco conhecida. Foi em 2016, quando os integrandes do grupo atuaram por convite do capelão católico da guarda pessoal de Sua Majestade Britânica.

A Universidade de Edimburgo declarou estar a trabalhar num modelo de apoio mais inclusivo, mas para as fundadoras do grupo, a mudança exige um reconhecimento sistémico dos desafios enfrentados por estudantes de classes trabalhadoras, promovendo igualdade em termos reais e não apenas simbólicos.

Luís Eduardo Nicolau
Com Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Adam Wilson.

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