Um estudo recente citado pelo jornal Público revela que, em média, 25% dos jovens europeus conciliam trabalho e estudos, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 12%. Esta discrepância evidencia que os jovens portugueses enfrentam desafios específicos ao tentar equilibrar estas duas responsabilidades. Segundo o jornal, “a percentagem de trabalhadores-estudantes em Portugal é inferior à média europeia, refletindo dificuldades estruturais no mercado laboral jovem”.
De acordo com o Público, uma das razões para a baixa percentagem em Portugal pode ser a dificuldade no acesso ao mercado de trabalho. O jornal destaca que “os jovens portugueses enfrentam um mercado laboral pouco flexível, que nem sempre acomoda os horários e necessidades dos estudantes”. Estas limitações, aliadas à escassez de oportunidades, tornam mais complicado para os jovens conciliar emprego e educação.
Trabalhar vs. Estudar: como ser adaptável?
“Da mesma forma que tive que me adaptar ao ensino superior, aos professores e aos horários de estudo intensivo, tenho que me adaptar a tudo o que aquele trabalho me
Trabalhar vs. Estudar: como ser adaptável?
“Da mesma forma que tive que me adaptar ao ensino superior, aos professores e aos horários de estudo intensivo, tenho que
Outro fator mencionado pelo Público é o elevado custo de habitação, sobretudo nas áreas urbanas. O jornal refere que “os preços elevados das rendas tornam mais difícil para os jovens alcançar a independência financeira”, o que por sua vez restringe as suas escolhas laborais. Muitos acabam por permanecer na casa dos pais, onde a disponibilidade para trabalhar em horários não convencionais é menor.
Além disso, o Público aponta que a emigração de jovens qualificados é outro problema significativo. “A saída de jovens em busca de melhores condições de vida no estrangeiro contribui para a redução da mão de obra jovem no mercado nacional”, lê-se no artigo. Este fenómeno não só diminui a percentagem de trabalhadores-estudantes no país como reflete a falta de oportunidades compatíveis com as suas qualificações.
Para enfrentar estes desafios, o jornal sugere que “é necessário implementar políticas públicas que fomentem a integração dos jovens no mercado laboral, como programas de estágio remunerados e incentivos para empresas que promovam horários flexíveis”. Estas medidas podem ser um caminho para aumentar a percentagem de jovens trabalhadores-estudantes em Portugal, aproximando o país da média europeia.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Ussama Azam.