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Trabalhar vs. Estudar: como ser adaptável?

“Da mesma forma que tive que me adaptar ao ensino superior, aos professores e aos horários de estudo intensivo, tenho que me adaptar a tudo o que aquele trabalho me irá trazer.” Deixar um trabalho para estudar é uma experiência que dói, na mente e no bolso, mas o meu gosto pelo trabalho permaneceu muito. Por isso tornei-me trabalhadora-estudante e há três anos que sou lojista. O facto de me ter sujeitado a esta mudança fez com que, hoje, valorize o ser adaptável e considere a importância que isto tem nas minhas escolhas de curto a longo prazo. As primeiras duas semanas no meu primeiro emprego não foram fáceis, mas eu tinha de me adaptar a isso se queria ser uma trabalhadora destacada pela positiva. A importância de nunca perder o foco e ser, essencialmente, resiliente é tão grande que não se faz justiça ao escrever. Em cada experiência de trabalho que eu vivo conheço cada vez mais pessoas com ambições diferentes das minhas, mas com duas coisas em comum; nenhuma delas nasceu ensinada e todos eles começaram do zero com um currículo vazio como era o meu. Existem, também, algumas questões que podemos já trazer connosco que são trabalhadas juntamente com esta adaptabilidade que temos com o trabalho. Questões de controlo de ansiedade e insegurança podem muitas vezes tentar bloquear a nossa capacidade de socialização, se não as trabalharmos. Também tive, e tenho, ansiedade num trabalho, seja quanto ao meu horário, ao meu chefe ou aos meus colegas. Mas, ao final do mês, a sensação de dever cumprido é gratificante se soubermos delimitar o nosso ser profissional do nosso ser emotivo. Uma das características de um trabalhador destacado e de sucesso é precisamente o saber colocar as suas aptidões e conhecimento em prática, ao mais alto nível, enquanto as suas emoções mais frágeis são controladas. Ao longo do tempo em que vamos praticando este exercício o trabalho torna-se mais simples e habituamo-nos a ele, passando a rotina. Apesar do meu tempo como trabalhadora ser curto ainda, sinto que o meu crescimento foi crucial para a maneira como encaro a vida académica, sendo trabalhadora-estudante. Eu escolhi fazer trabalhos diferentes a cada ano que passa, até encontrar aquele que me vai realizar a longo prazo em função da minha licenciatura. Assim, quando estou prestes a começar um novo trabalho faço um exercício comigo mesma com base no primeiro ano do meu curso. Da mesma forma que tive que me adaptar ao ensino superior, aos professores e aos horários de estudo intensivo, tenho que me adaptar a tudo o que aquele trabalho me irá trazer. São ensinamentos que eu mesma concluí ao longo deste tempo de constante adaptação e é crucial, nos tempos que correm, estarmos preparados para uma mudança cada vez mais urgente e até prematura. O mercado de trabalho está constantemente a evoluir e, se eu já estiver previamente preparada com alguma capacidade de adaptabilidade, o meu percurso será mais ágil em função daquilo que me tornei. Para concluir, vou inserir aqui só mais um pouco do meu percurso laboral e em como me estou cada vez mais a tornar adaptável e resiliente. Sempre fiz tudo em horários diferentes, com vencimentos muito distintos e com métodos de trabalho incomparáveis. A experiência de um levou-me ao outro e os ensinamentos desse outro levaram-me ao próximo. Este ciclo levou-me a variar muito os meus locais de trabalho e a desenvolver a minha adaptabilidade a este mundo. Por incrível que pareça, e assim termino, dei por mim a tirar cafés e a servi-los à mesa. Isto levou-me a trabalhar em muitos eventos turísticos da região que hoje é o que mais me orgulho de fazer. Sempre que se lembrarem, dentro dos possíveis, não tenham medo de tirar cafés e servi-los. Sejam resilientes, adaptáveis. Nunca sabemos que portas nos serão abertas. Laura Antunes Estudante da UMa

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Trabalhadores-estudantes: uma questão de tempo (?)

O fundamental é atingir um equilíbrio entre as responsabilidades académicas, profissionais e pessoais, através de uma gestão eficaz de tempo. Estudar e trabalhar em simultâneo é uma realidade cada vez mais comum em Portugal, quer seja pelo desejo de ganhar experiência profissional ou pela necessidade de ter uma fonte de rendimento extra, que permita ajudar a pagar os estudos e despesas correntes. Há por isso um crescente número de indivíduos que concilia a sua vida académica com a vida laboral. De igual modo, é cada vez mais frequente existirem indivíduos, que se encontrando a exercer determinada profissão, optam por retomar os estudos. São diferentes os motivos que levam a tal opção, tais como aprofundar os conhecimentos numa determinada área, mudar de profissão, progredir na carreira, entre outros. Ao existir esta coexistência de estudo – trabalho podem surgir algumas dificuldades. A gestão do tempo é um dos maiores desafios para os trabalhadores-estudantes e não decorre exclusivamente do facto de haver muitas coisas para fazer ao mesmo tempo. As dificuldades surgem sobretudo por não haver uma adequada gestão do tempo que permita realizar tarefas mais importantes/prioritárias, nos momentos em que se está mais produtivo. Sendo o tempo um recurso precioso e escasso, saber como geri-lo revela-se como essencial para obter sucesso. Desta forma, deve haver uma organização entre o tempo de estudo e de trabalho em função das prioridades e obrigações. O fundamental é atingir um equilíbrio entre as responsabilidades académicas, profissionais e pessoais através de uma gestão eficaz de tempo. E como gerir o tempo eficazmente? – Analisar a forma como utilizamos o tempo (anotar durante 3 dias todas as tarefas realizadas e o tempo despendido para cada uma delas); – Elaborar e gerir horários e organizar o tempo de estudo (fazer horários semanais com as tarefas a realizar e cumpri-las); – Estabelecer objetivos a curto, médio e longo prazo (“O que quero atingir esta semana? Este mês? Este semestre?”); – Saber definir prioridades (“O que é urgente? O que é importante?”); – Manter a motivação através de uma adequada distribuição das atividades (ou seja, agrupar atividades semelhantes; aproveitar os tempos de espera para realizar pequenas tarefas; respeitar o seu ritmo biológico de forma a rentabilizar o tempo de produção); – Aprender a lidar com a procrastinação, que consiste no adiamento sucessivo de tarefas (Para tal importa definir objetivos realistas; criar listas de tarefas a fazer; dividir os objetivos mais complexos em tarefas de menor dimensão; começar a tarefa usando a regra dos 15 minutos – comprometendo-se a realizar a tarefa durante este tempo; começar pela parte mais fácil ou mais agradável da tarefa; manter a organização da área de trabalho; planear recompensas após a concretização de cada tarefa definida). Por tudo isto, apesar da multiplicidade de tarefas inerentes às diversas esferas da vida do indivíduo, ao serem adotadas algumas estratégias de planeamento e organização de tempo, bem como uma atitude de perseverança e de otimismo, o caminho para o sucesso poderá ser garantido! Jennire Gonçalves Estagiária curricular do Serviço de Psicologia da UMa

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