A 27 de novembro, os candidatos à formação médica especializada em Portugal realizaram a Prova Nacional de Acesso (PNA), um exame decisivo que, segundo o Público, “determina a especialidade e o hospital onde cada jovem médico irá fazer a formação especializada”. A reportagem sublinha a importância do momento para centenas de recém-licenciados que aspiram ingressar nas especialidades mais concorridas, como Cardiologia e Cirurgia Plástica, onde “a nota de corte é altíssima e as vagas são limitadas”.
A preparação para a PNA envolve meses de estudo rigoroso, e muitos estudantes enfrentam elevados níveis de ansiedade. O jornal relata que “a pressão para obter uma boa classificação é imensa”, uma vez que o desempenho na prova pode ditar o futuro profissional dos candidatos. O artigo destaca ainda que alguns médicos consideram o modelo de avaliação inadequado, argumentando que “o exame privilegia a memorização de conteúdos teóricos em detrimento da avaliação prática ou humana”.
Em 2023, 18% das vagas para formação especializada não foram preenchidas
A definição das vagas para formação médica especializada em Portugal é um processo colaborativo liderado pelo Governo, mas que depende de pareceres técnicos da Ordem dos Médicos e da capacidade formativa das instituições de saúde.
PNA. Se não sabe o que é, nem sonha com Medicina
A Prova Nacional de Acesso (PNA) é a 27 de novembro e milhares de candidatos lutam pela especialidade desejada. Um chumbo
Além das críticas à estrutura da prova, o Público refere que “o sistema atual perpetua desigualdades entre os candidatos”, apontando para a proliferação de cursos de preparação privados, cujo custo elevado pode excluir alguns estudantes. Estas desigualdades são frequentemente alvo de debate no setor, com muitos a defenderem uma revisão do modelo de acesso às especialidades.
O artigo publicado aborda as reformas em discussão, referindo que “o Ministério da Saúde tem estudado alterações no formato e na distribuição de vagas para formação especializada”. A intenção é alinhar o processo com as necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), garantindo uma formação equilibrada e acessível para todos os futuros médicos. Este tema continua a ser central no debate sobre a sustentabilidade e a equidade no acesso às carreiras médicas em Portugal.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de SJ Objio.