Más condições nas área externas da UMa contribuem para a insegurança sentida pelos estudantes. Reitor deverá se pronunciar em breve

Más condições nas área externas da UMa contribuem para a insegurança sentida pelos estudantes. Reitor deverá se pronunciar em breve

O reitor da Universidade da Madeira, segundo a informação prestada pelo Administrador da Instituição, dará resposta sobre os problemas que têm sido apresentados. Buracos no chão, queda de pedras dos edifícios, falta de iluminação e insegurança são algumas das dores de cabeça dos estudantes, sobretudo dos que têm aproveitado para ficar a estudar até tarde no Campus.
Em setembro de 2023, a Universidade da Madeira colocou avisos sobre a queda de objetos junto aos estacionamentos do antigo edifício do CITMA.

Em março de 2023, episódios de furtos, de roubos e de agressões preocupavam os estudantes e eram notícia. Os problemas sobre a segurança no Campus aumentaram e à redação da ET AL. continuam a chegar situações de perigo relacionadas com as más condições das áreas circundantes da Penteada, entre perigos causados pela próprias estruturas até à insegurança.

A ET AL. noticiou casos de estudantes preocupados com a insegurança na área da Penteada. A reitoria na época indicou terem sido “adotados e implementados procedimentos e equipamentos adicionais para majorar a segurança das infraestruturas da UMa, atendendo que a intervenção da UMa no espaço exterior se encontra manifestamente limitada”.

Infelizmente, em redor dos edifícios da UMa e do Madeira Tecnopolo, os estudantes continuam a verificar grave falta de iluminação pública noturna, aos quais se juntam testemunhos de falta de manutenção das áreas externa do edifício, com quedas de inertes das paredes e com o pátio frente à entrada principal do Campus cheio de buracos.

Para Tiago, estudante de Engenharia Eletrónica, “o estado do pátio [à entrada no campus] mostra que que a Universidade não dá importância [ao problema]. Não vão pensar sequer em tratar do problema das luzes, nem das pedras que caem, se nem o chão em que andamos […], que é o básico, eles tratam”.

Casos de violência continuam a preocupar estudantes

Esta semana um estudante relatou que teve a sua viatura alvo de um ataque ao sair do Campus Universitário durante a noite. No verão de 2022, o Reitor da Universidade da Madeira referia ter “aumentado a insegurança nas imediações” do edifício da Penteada, facto que tem sido experimentado pela comunidade académica.

Outro colega, que não quis se identificar, indicou que “houve histórias de pessoas que tinham os carros estacionados junto à cantina e foram ameaçados por um grupo de indivíduos desconhecidos que saíram do jardim da cantina”. “Estava de noite”, refere.

Há um mês, a ET AL. contactou, por mensagem eletrónica, Ricardo Gonçalves, Administrador da UMa e da Ação Social, sobre de quem era a pela substituição das lâmpadas no arruamento circundante. Na mesma mensagem, a propósito dos vários avisos nas colunas do edifício a advertir para o perigo de queda de objetos, perguntámos se “a zona não deveria estar vedada”. Além disso, indagámos sobre outras possíveis obras a serem realizadas nos exteriores do edifício da UMa, como a reposição de placas no pátio.

85 estudantes indicaram que já foram vítimas de algum tipo de assédio ou de violência na UMa

Para Patrícia Martins Marcos, uma das autoras do manifesto “Todas Sabemos”, o que foi notícias nos últimos dias “não é a excepção, é a norma”. Em 2022, no Inquérito anual aos estudantes da UMa, com uma amostra de quase seis centenas de inquéritos válidos, 85 pessoas indicaram que já foram vítimas de algum tipo de assédio ou de violência na Universidade. Desde a criação do Portal do Denunciante, a UMa recebeu duas denúncias. Há muitas vítimas que continuam sem conseguir denunciar os seus agressores, sendo que apenas 6,2% dos estudantes que sofreram assédio ou violência reportaram a uma entidade.

No dia 3 de janeiro, o Administrador indicou-nos que seria o Reitor da UMa a dar resposta às nossas questões, pelo que aguardamos o retorno.

A UMa possui uma Direção de Serviços das Infraestruturas e Equipamentos com uma Unidade de Infraestruturas e Instalações que fiscaliza e acompanha obras e propõe “medidas tendentes à conservação e manutenção das instalações e equipamentos”. Na página desta direção de serviços não existem “avisos e comunicados” sobre medidas de precaução que devem ser adoptadas pelos utentes na sequência dos avisos colocados nos pilares do Campus. O último aviso publicado data de 2019 e tem como tema a prevenção de mosquitos.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Pedro Pessoa.