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Estudantes da Licenciatura em Design distinguidos na Universidade da Madeira

Adriana Martins, estudante da Licenciatura em Design da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade da Madeira, foi uma das distinguidas este mês, ao abrigo de um Protocolo de Cooperação celebrado em abril de 2022 com uma empresa da região.

A Universidade da Madeira (UMa) e a empresa Dupla DP & Associados S.A. distinguiram vários estudantes da Licenciatura em Design. Os prémios totalizaram 5500 euros e foram entregues com base num acordo de cooperação estabelecido em abril de 2022.

Foram atribuídos a três estudantes com as melhores médias no ingresso à Licenciatura em Design, a outros três estudantes que obtiveram as médias mais altas após completarem o primeiro ano, a três estudantes cujas médias combinadas dos dois primeiros anos foram as mais elevadas, e a um diplomado que se destacou pela classificação final do curso, reunindo as condições para realizar um estágio profissional anual remunerado pela empresa.

A ET AL. conversou com uma das distinguidas, Adriana Martins, voluntária na ACADÉMICA DA MADEIRA.

Conseguiste conciliar a vida de estudante com a vida pessoal e de voluntária na ACADÉMICA DA MADEIRA, mas quais foram as maiores dificuldades? E o que destacas como positivo?

Conciliar a vida de estudante e a de voluntária na ACADÉMICA DA MADEIRA, com a vida pessoal foi um bocado difícil, no início. As minhas maiores dificuldades foram a gestão do tempo e lidar com a pressão e o stress da vida universitária. Tive de aprender a definir melhor as minhas prioridades e equilibrar as exigências do curso, as responsabilidades como voluntária e a minha vida pessoal, para que todas essas áreas recebessem a atenção necessária. Muitas vezes, tive de dizer “não” de forma a conseguir fazer tudo o que me era pedido e acabava por me esquecer da importância da vida pessoal. Mas, com esforço, sempre consegui conciliar tudo e todas essas dificuldades contribuíram para o meu crescimento pessoal e académico. O voluntariado na ACADÉMICA DA MADEIRA, contribuiu significativamente para o meu desenvolvimento e percurso académico, e foi, também, uma oportunidade para novas experiências e para novas pessoas.

Quais têm sido as tuas impressões sobre a Licenciatura em Design na UMa e quais os planos para o futuro, depois desta licenciatura?

Quanto à licenciatura em Design na UMa, a meu ver, ainda nos faltam alguns recursos para conseguirmos ter uma melhor aprendizagem. A falta de instalações e equipamentos condiciona-nos um pouco. Apesar disso, tenho aprendido imenso no curso e sinto que o meu esforço tem sido recompensado. Quanto aos planos para o futuro, ainda estou um bocado indecisa, tenho interesse no Design de Moda e no Design de Interiores, mas pretendo tirar um Mestrado em Ensino, pelo gosto em contribuir positivamente para a formação da comunidade e devido à falta de profissionais nessa área.

Acreditas que o profissional de design, em Portugal, enfrenta dificuldades para o reconhecimento do seu trabalho enquanto um elemento fundamental para promoção das marcas, dos produtos e dos serviços?

Sim. Em Portugal, os profissionais de design enfrentam algumas dificuldades a nível do reconhecimento do seu trabalho. Essas dificuldades, muitas vezes, são causadas pelas diferenças culturais. Há países que valorizam e priorizam mais a área das artes do que Portugal. Para além disso, é uma área de elevada concorrência e competitividade devido às oportunidades limitadas e, apesar do design desempenhar um papel importante na identidade de uma marca, frequentemente enfrenta uma constante pressão pela redução de preços, que faz com que se sinta que o trabalho não está a ser valorizado.

Entrevista conduzida por Luís Eduardo Nicolau
ET AL.
Com fotografia de Pedro Pessoa.

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